Indústria de alimentos e bebidas registra alta de empregos diretos
No acumulado de 12 meses, até setembro, o aumento foi de 1,4%, o que corresponde a uma expansão anualizada de 24 mil novos postos de trabalho, aponta pesquisa da Abia
Indústria de alimentos e bebidas pode encerrar o ano com geração superior a 30 mil novos postos de trabalho - Reprodução
Indústria de alimentos e bebidas pode encerrar o ano com geração superior a 30 mil novos postos de trabalhoReprodução
Rio - O número de pessoas ocupadas na indústria de alimentos acompanhou a evolução da produção física nos nove primeiros meses deste ano, registrando expansão de 1,2% em relação ao mesmo período de 2020. No acumulado de 12 meses, até setembro, a alta foi de 1,4%, o que corresponde a uma expansão anualizada de 24 mil novos postos de trabalho. Os dados são da pesquisa conjuntural mensal da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), divulgada nesta quinta-feira, 11.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo é positivo em 2,5 milhão de oportunidades, no total dos setores, incluindo serviços, indústria, agricultura e comércio. No que diz respeito apenas à indústria de alimentos, o número de trabalhadores diretos ocupados ao final desses nove meses alcançou 1,8 milhão. Mantido esse cenário de recuperação, o setor pode encerrar o ano com geração superior a 30 mil novos postos de trabalho.
"Caso haja melhora na economia nos próximos meses, a geração de vagas tem perspectiva de crescer ainda mais, tracionando o emprego e a renda em toda a cadeia de suprimentos", reforçou o presidente executivo da Abia, João Dornellas, acrescentando que as empresas com foco nas exportações foram as que mais contrataram no período.
O executivo lembra que a indústria de alimentos e bebidas é a que mais gera empregos na indústria de transformação do Brasil, respondendo por 24% das vagas formais em agosto de 2021. De acordo com a Abia, o setor gera 8,9 milhões de oportunidades de trabalho na cadeia como um todo.
O analista de precificação Marcos Barroso, de 35 anos, passou a fazer parte dessa estatística positiva no início de setembro. Contratado pela Cargill, uma das maiores indústrias de alimentos do Brasil, com sede em São Paulo, estava desempregado desde junho, recebeu o convite para o processo seletivo pelo LinkedIn e passou por entrevistas e dinâmicas virtuais.
Além da recolocação, o emprego chegou com outra grande novidade: a mudança de casa. No início de 2022, ele vai se mudar com a esposa da cidade onde nasceram, Manaus, para a capital paulista. "Gosto muito de São Paulo e estou animado de poder ficar de vez", comentou o contabilista, que por enquanto está atuando remotamente e tem como principal função elaborar precificação de produtos, produzir relatórios com performance comercial e financeira e dar suporte para as demais áreas da empresa.
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