O aeroporto já está capacitado para operar vôos executivos dia e noiteFoto: Evelen Gouvêa

São Paulo - Em assembleia realizada nesta quarta-feira, 24, pilotos e comissários de voo deliberaram por aprovar a deflagração de greve a partir das 0h do dia 29 de novembro, em todo o país, por tempo indeterminado, contra a intransigência das companhias aéreas nas negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.
Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço.
A categoria reivindica unicamente reajuste salarial que contemple a reposição das perdas inflacionárias nos últimos dois anos, INPC do período de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro de 2021.
Além de apresentar proposta muito aquém de recompor as perdas salariais, já rejeitada pela categoria, o sindicato patronal ainda negou a ultratividade da atual CCT, ou seja, não garantiu a manutenção das cláusulas atuais da convenção em caso de um novo acordo não ter sido fechado até a data-base (1º de dezembro).
Desde o início da pandemia a categoria nunca parou de trabalhar, tendo enfrentado graves riscos de contaminação por covid-19, e deu sua contribuição no combate à doença transportando vacinas, insumos e equipamentos.
Além disso, pilotos e comissários deram colaboração importante para a recuperação das empresas aéreas ao aceitar, de maneira correta, reduções salariais e remuneratórias que perduram até hoje.
Porém é importante destacar que as próprias empresas apontam em seus informes ao mercado, assim como também demonstram notícias publicadas na imprensa, que o setor aéreo não só vem se recuperando aceleradamente como projeta para o futuro próximo um crescimento que não condiz com a intransigência de impor um achatamento salarial de toda uma categoria.
Os pilotos e comissários de voo do Brasil contam com a compreensão da sociedade e com o bom senso das companhias aéreas para evitar transtornos.