Santander, por exemplo, informou que a taxa cobrada nas operações de crédito consignado do INSS depende do perfil do clienteReprodução/Internet

Após a publicação da resolução que eleva o teto dos juros do crédito consignado para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que subiu de 1,80% para 2,14% ao mês, os bancos começaram a se movimentar para ajustar para os juros praticados para os segurados. Pelo menos, o Santander e Bradesco informaram que farão alterações, enquanto o Itaú estuda para decidir qual será a decisão da instituição.
O Santander, por exemplo, informou que a taxa cobrada nas operações de crédito consignado do INSS depende do perfil do cliente. Atualmente, a média é de 1,59% ao mês. A partir das próximas semanas poderá chegar ao teto do estipulado de 2,14%. Já o Bradesco divulgou que vai realinhar suas taxas, conforme indicação da instrução normativa do INSS.
O Itaú disse que "à luz da mudança do teto do INSS, o Itaú está fazendo estudos para decidir quando vai alterar sua taxa máxima e frisa que qualquer alteração nessa direção será aplicável apenas a novos contratos fechados".
O banco também destacou que o consignado continua sendo a opção de crédito com a menor taxa do mercado e que esta varia de acordo com o perfil do cliente, seu relacionamento com a instituição, valor emprestado e período de financiamento.
Por sua vez, o Banco do Brasil afirmou que não fez ajustes nas suas taxas destinadas a aposentados e pensionistas do INSS. O BB ressaltou que monitora e avalia permanentemente os fundamentos do mercado e a concorrência, sempre no propósito de estabelecer sua política de preços em condições competitivas.
Nesta quarta-feira passada, 8, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a resolução do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) com a mudança no teto dos juros do crédito consignado Além do aumento no teto do empréstimo, as operações realizadas no cartão de crédito também sofreram reajuste. A taxa foi de 3% para 3,06% ao mês. 
A Dataprev, empresa de processamento de dados da Previdência Social, deverá adequar os sistemas para a adoção dos novos valores. A resolução cria ainda um grupo de trabalho que irá instituir o Programa Permanente de Cidadania Financeira e Previdenciária – que será financiado com recursos das instituições financeiras que operam com empréstimos consignados. O grupo também deve discutir iniciativas para ampliar a transparência, concorrência e redução de custos dos empréstimos consignados.
O reajuste foi um pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que afirmou que a alta dos juros era necessária para que a oferta de crédito nesta modalidade continuasse sendo feita a aposentados e pensionistas do INSS.
A metodologia usada no cálculo do novo teto de juros do consignado teve como referência a taxa de juros real calculada em 16,1%. Considerando a taxa de juros real, o novo índice é o menor desde 2015. Os conselheiros reconheceram a necessidade de alterar a taxa para se adequar às oscilações do mercado financeiro e ressaltaram a importância da educação financeira para aposentados e pensionistas do INSS.