Bairro planejado na Barra da Tijuca tem imóveis à venda com valores a partir de R$ 590 milDivulgação/Ilha Pura

O Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, apresentou elevação de 0,48% em dezembro, após alta de 0,53% em novembro. Com esse resultado, o índice encerrou 2021 com alta acumulada de 5,29%, o maior avanço desde 2014, período em que os valores dos imóveis residenciais ficaram em 6,70%.
Segundo a pesquisa, 47 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento nominal
de preço de venda de imóveis residenciais, sendo que em 24 delas a variação apurada pelo índice superou a inflação esperada para dezembro.
As altas mais expressivas no último mês foram registradas em: Balneário Camboriú (2,94%), São José (2,70%), São José dos Campos (2,55%), Vila Velha (2,36%), Maceió (2,17%), Pelotas (2,02%), Florianópolis (1,56%), Itapema (1,29%), Curitiba (1,25%) e Goiânia (1,13%).
Levando-se em conta apenas os resultados para as 16 capitais incluídas no índice, apenas Manaus apresentou recuo no preço dos imóveis residenciais de 1,14%. Já as demais apresentaram alta: Maceió (2,17%), Florianópolis (1,56%), Curitiba (1,25%), Goiânia (1,13%), Vitória (1,10%), João Pessoa (0,89%), Campo Grande (0,86%), Fortaleza (0,75%), Brasília (0,51%), Recife (0,42%), Porto Alegre (0,37%), São Paulo (0,36%), Belo Horizonte (0,30%), enquanto Salvador e Rio de Janeiro tiveram aumento de 0,20%.
De acordo com Larissa Gonçalves, economista da DataZAP+, esse movimento ocorreu principalmente por fatores causados pela pandemia.
"Primeiro podemos citar a decisão do Banco Central no início de 2020, com a inflação controlada e, para movimentar a economia, baixou a taxa selic, que manteve entre 2020-2021, patamar mais baixo da história. Isso influenciou na diminuição da taxa de empréstimo para financiamento imobiliário, tornando mais atrativo e ampliando a possibilidade de realizar a compra de um imóvel", disse ela.
Outro movimento foi a aceleração do processo de digitalização da economia, que afetou até as imobiliárias, com a possibilidade de fechar um contrato online. "Isso permitiu que todo o processo de compra também acelerasse, além do home office alterar a percepção de parte da população sobre como seu lar deveria ser. Todo esse conjunto de fatores, proporcionou um aumento na demanda, o que naturalmente tende a ser refletido na elevação dos preços", afirmou a economista.
Na comparação com a inflação acumulada pelo IPCA/IBGE no ano passado, de 9,28%, publicada pelo Boletim Focus do Banco Central do Brasil, a alta do índice do FipeZap representa uma queda de 3,66% em termos reais.
Na análise, apenas 3 das 50 cidades monitoradas encerraram o ano com recuo no preço médio de venda de imóveis residenciais: Santos, com queda de 2,07%, Campinas (-0,44%) e Niterói (-0,36%).
Entre as outras 47 cidades, apenas 17 apresentaram alta superior à inflação acumulada no ano, sendo as mais expressivas em: Itajaí (23,77%), Itapema (23,57%), Balneário Camboriú (21,21%), Vila Velha (20,24%), Vitória (19,86%), Maceió (18,50%), São José (18,16%), Florianópolis (15,74%), Curitiba (15,41%) e Goiânia (13,70%).
Considerando-se apenas as 16 capitais incluídas no Índice FipeZap, por sua vez, todas encerraram o ano com elevação nominal no preço de venda, embora apenas seis delas tenham apresentado uma variação superior à inflação: Vitória (19,86%), Maceió (18,50%), Florianópolis (15,74%), Curitiba (15,41%), Goiânia (13,70%) e Manaus (9,48%). Em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, as altas acumuladas em 2021 foram de 5,54%, 4,13%, 3,06%, 2,16% e 1,57%, respectivamente.
Com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em dezembro de 2021, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap foi de R$ 7.874 pelo metro quadrado. Entre elas, os maiores valores médios foram apurados em: São Paulo (R$ 9.708), Rio de Janeiro (R$ 9.650), Balneário Camboriú (R$ 9.358), Itapema (R$ 8.856), Brasília (R$ 8.788), Florianópolis (R$ 8.582) e Vitória (R$ 8.562).
Já a lista com as cidades com menor preço médio de venda para imóveis residenciais incluiu: Betim (R$ 3.091), São José dos Pinhais (R$ 3.788), Pelotas (R$ 3.914), São Vicente (R$ 4.047), Ribeirão Preto (R$ 4.147), São Leopoldo (R$ 4.171) e Londrina (R$ 4.206), além das capitais: Campo Grande (R$ 4.569), João Pessoa (R$ 4.893) e Goiânia (R$ 5.114).
Para os próximos meses, a economista acredita que não haverá aumento de preços, deve ficar estabilizado e sem uma queda nos valores. Isso porque há espaço para aumento adicional da taxa Selic e também para aumentos das taxas de financiamentos imobiliários, tornando os financiamentos mais caros.
"Com perspectivas de subir as taxas de juros de financiamento imobiliário e manutenção estável do aumento de preço de imóveis, caso haja a necessidade de mudança, aconselhamos pressa, pois não enxergamos um momento melhor ainda em 2022", finalizou ela.