Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, não prevê uma redução imediata no valor da conta de luz no paísFabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Brasília - O consumidor brasileiro não sentirá no bolso o alívio esperado pela melhora no nível de armazenamento dos principais reservatórios do país. É o que garante o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Em entrevista ao jornal 'O Globo', ele confirmou que o governo não pretende acabar com a bandeira tarifária de escassez hídrica, que, por ora, segue valendo até o fim de abril.
O período de fortes chuvas nas últimas semanas criou a esperança de um efeito imediato na alta despesa dos consumidores. Na pior escassez do setor elétrico nos últimos 91 anos, a taxa que acrescenta R$ 14,20, a cada 100 kWh consumidos, no valor da conta de luz foi uma das 'vilãs' que contribuíram para a inflação de 10,06% registrada no país no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Criada em agosto de 2021 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa tem a função cobrir o custo do uso de usinas termelétricas. 
"Essa bandeira é para pagar o custo da geração de energia excepcional em 2021", disse Albuquerque.
A meta de inflação prevista pelo Banco Central para 2021 foi de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.