Rio - 02/07/2020 - Covid-19. - RIO EM QUARENTENA - Reabertura do Comercio e Academias no Rio de Janeiro. Bares e restaurantes da Lapa ja estao prontos para receber os clientes. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O DiaDaniel Castelo Branco

Rio - Os bares e restaurantes ainda enfrentam os impactos da covid-19 em suas operações no primeiro mês deste ano, momento em que se recuperavam da crise que afetou o setor. Segundo a mais recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 79% das empresas do estado do Rio de Janeiro enfrentaram afastamento de funcionários contaminados. Entre os afastados, a média foi de um funcionário afastado por covid a cada três, o equivalente a 31%.
A taxa de 79% divulgada pela associação equivale quatro em cada cinco estabelecimentos no Rio. Os dados são referentes a uma análise feita entre os dias 15 e 27 do mês passado, com aproximadamente 1,3 mil empresas do setor de alimentação. 
Mas, embora os bares e restaurantes tenham registrado baixa de funcionários, os empresários apontaram um ponto positivo: aumento do faturamento.

“A boa notícia é o aumento do faturamento, com 59% das empresas operando com lucro ou em equilíbrio. Os afastamentos de funcionários preocupam, mas deve ser um fator sazonal, segundo os especialistas em saúde pública", afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci. 

A pesquisa mostra que 59% dos bares e restaurantes no Rio operaram com lucro ou equilíbrio em dezembro do último ano, contra 41% operando em prejuízo. No acumulado do ano de 2021, 45% dos estabelecimentos afirmaram prejuízo, 24% tiveram lucro e 31% se mantiveram em equilíbrio. Entretanto, 62% tiveram resultado positivo em dezembro de 2021 quando comparado a dezembro de 2020. E, ainda, quando comparado a novembro de 2021, o resultado se mantém positivo, tendo 57% dos estabelecimentos alcançado faturamento maior em dezembro do mesmo ano.

O levantamento aponta ainda que dos 89% enquadrados no Simples Nacional, mais da metade (52%) têm parcelas em atraso. Destes, 26% já se encontram com débitos inscritos na dívida ativa da União e conseguiriam parcelar a dívida com os programas existentes. A pesquisa constatou também que 49% contraíram empréstimo do Pronampe e um em cada quatro destes estão com parcelas em atraso. 23% dos que obtiveram esse empréstimo afirmaram correr risco de quebrar em função do aumento na taxa de juros causado pela alta da Selic.