O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), recuou do apoio ` da PEC dos combustíveis apesar da sua assinatura no texto e disse que votará seguindo a recomendação da equipe econômica do ministro Paulo Guedes. A entrevista foi dada à revista Crusoé.
A proposta está sendo chamada na equipe econômica de “PEC Kamikaze” e de “PEC da Irresponsabilidade Fiscal”, porque pode ter um impacto de mais de R$ 100 bilhões para os cofres da União.
"Não é que eu apoie 100% a PEC. É que acho importante que haja a discussão. Está na PEC dar subsídio para caminhoneiro. Isso, por exemplo, sou contra. Tem formas de você ajudar os caminhoneiros sem ser por intermédio de subsídios, como a proposta do Paulo Guedes de reduzir o preço do biodiesel. O meu voto vai ser sempre de acordo com a equipe econômica do Paulo Guedes. Se a PEC avançar, o texto final será muito modificado", afirmou Flávio à revista.
Ao todo, a proposta teve 31 assinaturas, contando com a de Flávio e de outros senadores da base governista, como Eduardo Gomes (MDB-TO), Carlos Viana (MDB-MG) e Marcio Bittar (PSL-AC).
O autor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis, senador Carlos Fávaro (PSD-MT), rebateu nesta terça-feira (8) as críticas do ministro Paulo Guedes (Economia), que, segundo ele, faz uma política “kamikaze” e “só pensa em pagar juros da dívida”.
PEC do Senado abre caminho para o governo federal gastar até R$ 17,7 bilhões em subsídios fora das regras fiscais ainda em 2022.
A PEC permite que a União repasse até R$ 5 bilhões a estados e municípios, para projetos de mobilidade urbana que beneficiem idosos. Cria ainda um auxílio diesel de R$ 1,2 mil para caminhoneiros, eleva de 50% para 100% o subsídio ao gás de cozinha para famílias de baixa renda, e reduz impostos federais não só sobre os combustíveis, mas também sobre a energia elétrica.
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