Diesel foi o combustível que mais subiu no país após reajuste da Petrobras, aponta ANP
Na semana de 6 a 12 de março, a alta do diesel representou uma elevação de 3,76%, enquanto da gasolina de 1,6%
Na semana passada, a Petrobras anunciou o reajuste da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, que passou a valer a partir da sexta-feira, 11. Pesquisa da ANP levou em conta apenas dois dias do aumento - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na semana passada, a Petrobras anunciou o reajuste da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, que passou a valer a partir da sexta-feira, 11. Pesquisa da ANP levou em conta apenas dois dias do aumento Marcelo Camargo/Agência Brasil
O diesel foi o combustível que mais subiu nos postos apoós o reajuste feito pela Petrobras na semana passada, que aumentou também a gasolina e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha. Na semana de 6 a 12 de março, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a alta do diesel representou uma elevação de 3,76%, enquanto da gasolina de 1,6%. No Estado do Rio, os percentuais foram de 2,21%, enquanto a gasolina teve uma pequena queda de 0,93%.
Como passou a valer apenas a partir da sexta-feira, 11, o aumento registrado pela ANP engloba apenas dois dias, já que a pesquisa vai de segunda-feira a sábado. Com isso, a mudança brusca poderá ser sentida nesta semana.
No Estado do Rio, a média de gasolina estava em R$ 7,07 e os valores mais altos e baixos encontrados foram R$ 8,19 e R$ 6,39, respectivamente. No município do Rio, a média cai para R$ 6,93, enquanto R$ 7,39 foi o preço mais alto contabilizado e R$ 6,39 o menor.
No Rio, o posto com a gasolina mais cara encontrada foi na Rua Miguel Angelo, 324, em Maria da Graça, da Zona Norte do Rio. Já os mais baixos foram Ouro Negro, na Avenida Marechal Rondon, 3053, no Engenho Novo, e Posto Linda, na mesma avenida, mas no bairro Riachuelo. Os dois com bandeira branca.
Já no levantamento do diesel, a média de custo era de R$ 5,54, enquanto os valores mais elevados e baixos analisados foram R$ 5,87 e R$ 5,29, respectivamente. Ao analisar todo o estado todo, o valor sobe para R$ 5,62 na média, e o custo mais alto chegou a R$ 6,89 e R$ 4,99 o menor.
No caso do diesel, o mais barato na capital fluminense estava no Auto Posto Luar, na Rua Uranos, 1401, em Olaria, enquanto o mais caro no Auto Posto ML, na Rua Augusto e Souza, 21, no Engenho da Rainha. Ambos com bandeira branca.
Por isso, o especialista em finanças e planejador financeiro Marlon Glaciano afirma que a pesquisa de preços pode ajudar o consumidor a não pagar o valor mais caro cobrado na sua cidade. "Os consumidores podem tentar garantir um desconto no litro do combustível com a pesquisa de preços. Outra dica será utilizar aplicativos que oferecem cashback do valor utilizado", indica ele.
Reajuste dos combustíveis
Diante do aumento do preço do petróleo, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 10, o reajuste nos valores da gasolina e diesel após quase dois meses de custos congelados nas refinarias. O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, enquanto, para o diesel, de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. A estatal também informou alta no gás de cozinha, que modificará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg. Os novos valores passam a valer a partir desta sexta-feira, 11.
"Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11 de março de 2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras", disse em nota, a estatal.
De acordo com a Petrobras, esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda. Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras explicou que decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
No entanto, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a estatal promovesse ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras. "Isso para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", explicou a empresa.
De acordo com a estatal, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil.
"Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade", informou a estatal.
Além disso, a Petrobras destacou que reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.
De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. Para isso, as informações disponíveis são através do link: https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/precos-de-venda-de-combustiveis/.
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