Edifício sede da Petrobras na Avenida Chile, no Centro do Rio de JaneiroFernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobras divulgou nesta sexta-feira, 18, um esclarecimento sobre o recente reajuste de preço dos combustíveis nas refinarias. A estatal destacou que não repassou de imediato o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional. A empresa ressaltou que a alta no preço dos combustíveis impede o desabastecimento.
"Somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP", disse, em nota.
De acordo com a Petrobras, os valores aplicados refletiram somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia.
"Esse movimento da companhia foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", disse a estatal.
A empresa afirmou que segue todos os ritos de governança e busca um equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita repassar para os preços internos as volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.
"Esse posicionamento permitiu que os preços nas refinarias da Petrobras tenham permanecido estáveis por 152 dias para o GLP, e 57 dias para a gasolina e o diesel, mesmo nesse quadro de ascensão do preço internacional", disse.
Nos últimos dias, a estatal disse que observaram a redução dos níveis de preços internacionais de derivados, seguida de forte aumento nesta quinta-feira, 17. "A Petrobras tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade e mantém monitoramento diário do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade, não podendo antecipar decisões sobre manutenção ou ajustes de preços", destacou.
Por fim, a companhia destacou que o momento é de muita incerteza, com aumento na demanda por combustíveis no mundo, impactando a oferta e gerando uma competição no mundo pelo fornecimento de produtos, a partir dos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia. 
"Isso reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam alinhados ao mercado global para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto", finalizou.