Carnaval teve grande impacto na recuperação econômica do setorFábio Costa / Agência O Dia
Segundo a Setur, o setor começou a se recuperar em meados de 2021, com a chegada da vacina e a gradual abertura da economia. Influenciado pelo réveillon e pelo carnaval, a arrecadação de ISS de serviços relativos à hospedagem, turismo, viagens e congêneres entre dezembro de 2021 e março de 2022 ficou apenas 11,8% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 59,5 milhões, no verão 2020).
O pico pré-pandemia foi em março de 2020, com a arrecadação nos 12 meses anteriores de R$ 154,8 milhões. A partir do mês seguinte, até abril de 2021, caiu para R$ 51,4 milhões, 1/3 do valor anterior. Em maio de 2021, a tendência passou a ser positiva, fechando os últimos 12 meses terminados em março de 2022 em R$ 108,8 milhões, aproximadamente 30% abaixo de dois anos antes.
"Os números comprovam o quanto o turismo é um importante motor para a economia carioca. São cerca de 150 mil empregos diretos, fora os indiretos, gerando renda para a população local. O trabalho em conjunto com a Setur é essencial para desenvolvermos o grande potencial de crescimento que o setor oferece", comenta Thiago Dias, secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, que também atuou na pesquisa.
As duas principais festas da cidade, réveillon e carnaval, foram as que mais sentiram a diferença de arrecadação e, consequentemente, a recuperação. A comemoração da chegada de 2020 gerou R$ 12,8 milhões de ISS turismo para os cofres públicos, com uma queda de 43% (R$5,6 milhões) no ano seguinte. Já a virada de 2021 para 2022 arrecadou R$ 11,6 milhões, 107,1% a mais do que a anterior e 9,4% abaixo da última virada pré-pandemia (2019/2020).
Já em relação ao carnaval, as pastas lembram que a pandemia chegou ao país após a data em 2020 e impediu a realização de qualquer festejo em 2021. Com isso, no primeiro ano a arrecadação foi de R$ 18,9 milhões, contra R$ 8,8 milhões no ano seguinte. Seguindo a tendência de alta, em fevereiro de 2022 a arrecadação voltou a subir para R$ 17,5 milhões, mesmo sem desfiles oficiais, tanto de blocos quanto das escolas de samba.
O relatório apresenta ainda uma análise sobre o peso da arrecadação do ISS de turismo separado pelos meses do ano, entre 2011-19, período pré-pandemia. Por conta do carnaval, fevereiro é o mês com o maior peso da arrecadação anual do imposto de turismo (10,1%), enquanto dezembro, com o réveillon, tem um peso médio de 8,6% na arrecadação anual. Com 7%, julho é o mês com a menor geração de imposto.
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