Países que integram o Mercosul discutirão, entre outros temas, a ampliação de acordos comerciais com Israel e ÍndiaMarcos Oliveira/Agência Senado

Nesta quinta-feira, 21, ocorre a 60ª Reunião Ordinária da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, bloco econômico composto por Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina. Esta é a primeira reunião presencial dos líderes desde o início da pandemia.
Depois de cancelar a ida à Assunção, capital do Paraguai, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve participar da Cúpula do Mercosul via videoconferência. A suspensão da viagem se deve aos compromissos oficiais do chefe do Executivo no Brasil. Nesta edição do encontro, o Paraguai deixa a presidência temporária do bloco e passa a função para o Uruguai. Cada presidência dura seis meses.
Na quarta-feira, 20, ocorreu a reunião ordinária do Conselho do Mercosul com a participação de ministros de Estado. Antes da troca de presidência, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai anunciou a assinatura do acordo de Livre Comércio do Mercosul, com Singapura. O bloco também entrou em consenso para reduzir em 10% a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul. A medida já vem sendo adotada pelo Brasil de forma unilateral.
Segundo o governo brasileiro, ainda está prevista, durante o encontro desta quinta-feira, a assinatura de acordo para combater o feminicídio e a continuidade de tratativas para a ampliar acordos com Índia e Israel. Também hoje está previsto o café da manhã de trabalho dos chefes de Estado do Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul). O principal assunto a ser debatido é o combate ao crime organizado nas fronteiras da região.
Somente este ano, o Brasil exportou mais de R$ 10 bilhões para o Mercosul e importou aproximadamente R$ 9 bilhões dos países-membros. De acordo com o governo federal, mais de 90% das vendas brasileiras para o Mercosul são de produtos da indústria de transformação, incluindo exportações dos setores automotivo e de máquinas e equipamentos.