Supermercado na zona sul do Rio de JaneiroTânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,2 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para 100,7 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 30. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,8 ponto.
"Depois de cinco altas consecutivas, a confiança de serviços se acomodou em agosto. Nesse mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo pois existem perspectivas otimistas em relação à demanda nos próximos meses, principalmente no que diz respeito a serviços prestados às famílias”, disse Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
“Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento", completou.
Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 0,7 ponto, para 100,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 0,4 ponto, para 101,3 pontos.
Segundo a FGV, a confiança de serviços vinha apresentando resultados favoráveis desde março, com trajetória positiva disseminada entre os segmentos pesquisados, com destaque para os serviços prestados às famílias, que continuaram subindo em agosto.
A confiança do subsetor de serviços prestados às famílias vinha sendo influenciada pela melhora das avaliações sobre a situação atual, mas em agosto passou a ser puxada pelas expectativas. "A desaceleração da inflação e o aumento dos recursos das famílias com aumento dos programas do governo podem estar influenciando essa melhora nas expectativas do segmento", completou Tobler.
A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.548 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.