Pelo menos 30,5% dos entrevistados acreditam que a demanda por bens e serviços diminuiu no períodoTânia Rêgo/Agência Brasil

O otimismo no setor de serviços apresentou queda para os próximos três meses, de acordo com uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), divulgada nesta terça-feira, 18. O levantamento revelou que 80,3% dos empresários do setor esperam que a situação melhore ou melhore muito. Na pesquisa de setembro, 82,3% tinham a mesma expectativa.
Entre os entrevistados, 13,4% acreditam que o cenário permanecerá igual. Na sondagem anterior, 11,6% tinham a mesma sensação. Apenas 6,3% esperam que a situação piore ou piore muito, contra 6% do mês passado.
Para 40,2% dos consultados, o panorama de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses. Para 28,9%, a situação piorou ou piorou muito. Disseram que permaneceu igual, 31%. A sondagem foi feita entre os dias 1º e 07 de outubro, com 597 empresários do ramo.

Sobre os principais fatores que limitam os negócios, o levantamento revela que 41,7% dos empresários fluminenses apontam as restrições financeiras como o primeiro motivo, seguidas da demanda insuficiente (40,6%) e a falta de mão de obra (14,2%). 20,7% apontaram mais de um fator como limitador dos negócios.

Demanda por bens e serviços

Pelo menos 30,5% dos entrevistados acreditam que a demanda por bens e serviços diminuiu ou diminuiu muito em suas empresas nos últimos três meses. Outros 36,9% afirmaram que aumentou ou aumentou muito.

Para os próximos três meses, 69% esperam que a demanda aumente ou aumente muito, índice um pouco abaixo na comparação com a pesquisa anterior quando 70,5% dos empresários esperavam elevação. Em contrapartida, 8,2% acham que a demanda diminuirá ou diminuirá muito. Em setembro, o número era de 7,3%. 22,8% acreditam que se estabilizará nos próximos três meses.

Empregos e estoques

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, a pesquisa do IFec RJ mostra que 28,4% afirmaram que diminuiu ou diminuiu muito. Para apenas 10,2% dos entrevistados, houve algum tipo de aumento nas contratações nos três meses passados.

A expectativa de 30,5% dos consultados é que o número de empregados deve aumentar ou aumentar muito nos próximos três meses. Na pesquisa anterior, o índice era de 31,4%. Pelo menos 12,2% acreditam que diminuirá ou diminuirá muito, contra 11,4% de setembro.

Em referência ao abastecimento dos estoques nos últimos três meses, 58,9% disseram que ficou igual ao planejado, enquanto 33,9% afirmaram que ficou abaixo do esperado. Outros 7,3% relataram que seus estoques ficaram acima da expectativa.

Inadimplência

O número de empresas inadimplentes ou muito inadimplentes ficou em 27,8% nos últimos três meses, apresentando queda em relação à pesquisa anterior (28,2%). Segundo a nova sondagem, 24,1% ficaram pouco inadimplentes.
Das empresas que tiveram dívidas no período, os cinco principais gastos estão associados a bancos comerciais (35,4%), fornecedores (31,6%), aluguel (28,9%), tributos federais (27,2%) e luz (25,5%). Tiveram mais de um tipo de inadimplência 61,9%.
Já as que não ficaram endividadas aumentaram em relação à pesquisa anterior. Em outubro, esse número foi de 48,1% contra 46,5% de setembro.