Haddad estuda adiar medidas econômicas após ataques em BrasíliaReprodução/Redes Sociais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está avaliando com a Casa Civil o cronograma de anúncios das primeiras medidas econômicas do governo após a invasão aos Três Poderes em Brasília neste domingo (8).

Segundo a agência Reuters, uma fonte próxima ao ministro afirmou que o cenário está "muito complicado", e que é possível que haja um atraso na divulgação dos planos econômicos. As primeiras divulgações estavam previstas para acontecer esta semana.
Outro membro da pasta afirmou que as primeiras medidas também podem sofrer adiantamento por conta das invasões. Neste domingo, grupos radicais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram os Três Poderes em Brasília e depredaram o Congresso Nacional, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as fontes da área econômica do governo, o corpo técnico do Ministério da Fazenda está atuando normalmente.
Uma coletiva de imprensa estava agendada para esta segunda-feira (9), na qual o ministro deveria discursar sobre o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320. Haddad também discutiria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as medidas que devem ser implementadas durante o governo.
Não foi divulgada pela assessoria da pasta sua agenda para o dia.
Além do ministério da Fazenda, outras pastas foram afetadas pelas invasões durante o fim de semana. A líder do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, teve que alterar sua agenda para tratar sobre as invasões. A pasta é responsável pela administração do patrimônio da União.

Durante a manhã, Haddad participou de uma reunião em que estavam presentes Lula e a presidente do STF, Rosa Weber. O grupo discutiu ações possíveis contra os atos ocorridos na capital federal.