Conforme indicador, 31,4% dos varejistas acreditam em uma piora na economia nos próximos mesesTomaz Silva/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 3,6% em janeiro, para 119,0 pontos. A informação foi divulgada pela entidade nesta sexta-feira, 27.
Foi o segundo mês seguido de queda. Em relação a janeiro de 2022, a confiança caiu 1,7%. Segundo a CNC, o recuo de 6,4% no subíndice que mede as expectativas de curto prazo foi o destaque na queda agregado do Icec de janeiro.
"A desaceleração da atividade econômica como um todo e, especificamente, do varejo no fim do ano passado levou as perspectivas dos comerciantes sobre a economia aos 125,7 pontos e sobre o setor do comércio aos 139 pontos. Esses são os menores níveis desde abril de 2021", diz a nota divulgada pela CNC.

Ainda conforme os dados do Icec, passou de 12,1%, em novembro de 2022, para 31,4%, em janeiro, a parcela de varejistas que acreditam em uma piora na economia nos próximos meses. "Em relação à performance do varejo, subiu de 9,3% em novembro para 23,7% em janeiro o porcentual de comerciantes que têm perspectiva de piora nas vendas", afirma a confederação.

A leitura de janeiro do indicador também aponta moderação nos investimentos por parte dos comerciantes. Conforme o Icec, a intenção de investir no negócio caiu 3,9% entre dezembro e janeiro, a quinta queda consecutiva, levando o índice aos 109,4 pontos. "Do total de comerciantes, 42,4% pretendem reduzir investimentos: esse é o maior porcentual desde junho do ano passado".

A moderação nos investimentos vem acompanhada de menos contratação de mão de obra. O Icec de janeiro apontou redução de 10,4% na intenção de contratar novos funcionários, na comparação com janeiro de 2022, além da queda de 6,7% em relação a dezembro.

A CNC destacou ainda uma "pequena piora na avaliação dos comerciantes sobre o nível dos estoques em janeiro, uma queda de 0,3%". "Esse indicador chegou a 94,6 pontos, e a parcela de comerciantes avaliando os estoques como adequados, 60% do total de varejistas, é a menor desde junho de 2021", aponta a entidade.