Posse de Mercadante na presidência do BNDES foi marcada por discurso políticoDivulgação
BNDES: Discurso de Mercadante dá tom político em posse repleta de ministros
Presidente do banco de fomento mencionou os atos golpistas de 8 de janeiro
Além de ter atraído para o Rio boa parte do gabinete ministerial na manhã desta segunda-feira, 6, o tom político da cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção também em seu discurso. Mercadante começou a fala citando os atos violentos contra os edifícios dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
"Tomo posse em um momento extremamente desafiador, no qual o Brasil sofreu a ameaça mais grave ao Estado Democrático de Direito desde o fim da ditadura militar. O respeito à soberania do voto, às instituições democráticas e à Constituição brasileira é uma exigência fundamental para a nova diretoria do BNDES e para toda a sociedade brasileira e, desta vez, sem anistia", afirmou Mercadante.
O novo presidente do BNDES, líder histórico do PT, voltou ao tom político no fim do discurso, quando, após discorrer sobre as prioridades de sua gestão, rememorou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato. Com a voz embargada, Mercadante afirmou que, com Lula, subiram a rampa do Palácio do Planalto "A mãe desesperada que não tem o que dar de comer a seus filhos", os "33 milhões de brasileiros que passam fome e os 10 milhões de desempregados", "os parentes e os amigos das 700 mil vítimas da covid, abandonados por um governo negacionista" e, entre outros, "todos os yanomamis esquálidos e doentes, as vítimas apavorantes de um governo genocida".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.