Consignado: mudanças de regras deve reduzir valor de empréstimoMarcello Casal Jr/Agência Brasil
"O prazo máximo para pagamento que antes era de 24 meses, agora cai para seis. Já o juros mensal que era de até 6,5% ao mês, agora cai para 2,5%. A margem consignada, por sua vez, era de 40%, agora cai para 5%. Isso pode implicar no orçamento do beneficiário visto que essa é uma medida conservadora do governo porque permite que a pessoa use um valor no empréstimo que será descontado na folha. Então, o beneficiário não tem a opção de não pagar, diferente de outras modalidades de crédito”, inicia o especialista.
Rodrigo ressalta ainda que no modelo antigo, isso acabava isso acabava de alguma forma dando a possibilidade do beneficiário pegar um valor muito grande e não conseguir pagar. "Agora, enxergamos um cenário em que a pessoa não 'se enrole', porque vai ser só uma pequena parte do benefício mensal dela que vai ser comprometida com esse empréstimo. Isso é bastante positivo. O empréstimo deve ser visto como uma forma de 'apagar o incêndio', porque você consegue pagar em dia e deixa de usar. Então, acho que esse novo modelo tende a levar o usuário a esse novo caminho", continua.
O especialista em educação financeira ressalta ainda que esse benefício pode ajudar a pessoa a controlar o próprio orçamento limitando o valor que vai ficar comprometido com aquele empréstimo. "Isso faz com que a pessoa fique muito menos exposta a possibilidade de comprometimento grande daquilo que ela recebe, o que impossibilitaria o pagamento de outras contas. Essa nova regra pode guiar a pessoa a se controlar com o benefício. A pessoa também precisa tomar cuidado com o valor solicitado para não se extrapolar com as outras contas”, finaliza.
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