Haddad defende um arcabouço fiscal mais simplesRovena Rosa/Agência Brasil
Pode ser que novo arcabouço fiscal saia antes do Copom, afirma Haddad
Ministro disse que Banco Central precisa ficar atento ao mercado de crédito no Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 1º de março, que o novo arcabouço fiscal pode sair antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). "Hoje mesmo eu tenho uma reunião doméstica da Fazenda para alinhar", disse em entrevista ao UOL.
Em evento do BTG no dia 15 de fevereiro, o ministro disse que o governo federal deveria apresentar a proposta já em março, e não em abril como antes previsto. O Copom fará sua próxima reunião nos dias 21 e 22 deste mês para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil.
Durante a entrevista, Haddad defendeu a adoção de um arcabouço simples, objetivo e menos detalhado. "Tem duas perspectivas. Uma visão que a regra tem que ser mais detalhada e uma perspectiva com a qual tenho mais simpatia, mas posso ser voto vencido, que ela tem que ser simples, objetiva e demonstrar a trajetória clara para as finanças públicas nos próximos anos", avaliou.
Mercado de crédito
O ministro da Fazenda afirmou ainda que o Banco Central deve estar atento ao que ocorre no mercado de crédito do Brasil. Haddad tem feito reiteradas críticas ao patamar elevado das taxas de juros que vigoram no país e que, segundo ele, inibem o crescimento econômico.
Ele esclareceu ainda a discussão na mudança de meta de inflação, que chegou a ser questionada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro assumiu ter levado ao chefe do Executivo uma tabela de países com metas menores, inflações maiores e juros menores do que o Brasil. "Inclusive de países vizinhos e semelhantes a nós", disse.
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