Cariocas recuperaram todos os empregos formais perdidos durante a pandemiaGabriel Jabur

Rio - O desemprego entre as mulheres reduziu oito pontos percentuais do último trimestre de 2020 (18,5%) para o último trimestre de 2022 (10,5%). Os dados são da prefeitura do Rio, por meio de levantamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), que analisou os resultados da Pnad trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os dados de 2021 e 2022 do do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (CAGED), que é a diferença entre contratações formais e demissões, cerca de 95,4 mil empregos foram criados no Rio para as mulheres, representando 50,3% do total de postos de trabalho gerados. Desse total de novos empregos femininos, a grande parte foi criada no setor de serviços (83,7%, 79,8 mil).

“Temos tido resultados muito positivos na geração de emprego nos últimos dois anos. Tanto os dados da Pnad, que mostram números de empregos formais e informais, quanto os do CAGED mostram que estamos no caminho certo. Melhor ainda saber que as mulheres estão bem nesse retrato da cidade, mesmo no período da pandemia”, analisou Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio.

A paralisação de parte das atividades por causa da emergência da Covid-19 afetou as mulheres, que chegaram a perder 44,3 mil empregos formais (CAGED), sendo o pico em setembro de 2020. Em outubro de 2021, as cariocas recuperaram todos os empregos formais perdidos com a crise sanitária. No fim de 2022, o saldo líquido já era de 62,7 mil novos postos de trabalho.

O desempenho das mulheres foi melhor que o dos homens: apesar de terem perdido mais empregos formais com a pandemia (-74,1 mil), recuperaram todos os postos formais de trabalho mais tarde do que as mulheres, em maio de 2022. E, no fim de 2022, o saldo líquido era de 34,4 mil novos postos de trabalho, 28,8 mil a menos do que os novos empregos das mulheres cariocas.
A taxa de desemprego entre os homens ficou mais baixa (7,3%), segundo a Pnad, porém no mesmo período o desemprego entre eles reduziu sete pontos percentuais, um ponto a mais que entre as mulheres.