Brasília - O rombo nas contas do governo federal para este ano é estimado em cerca de R$ 120 bilhões. Os números foram confirmados pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, nesta quinta-feira, 23. A previsão está acima do valor do relatório divulgado na quarta, 22, pela própria pasta e da Fazenda: cerca de R$ 107,6 bilhões. O Orçamento de 2023 previa, inicialmente, um rombo fiscal de R$ 230 bilhões, aproximadamente.
"É uma projeção, mas ela está caminhando no sentido que nós queremos de que o déficit fiscal no Brasil não se encerrará com R$ 230 bilhões, mas algo em torno, agora, com essa projeção, de R$ 107 bilhões. Podemos ter uma pequena alteração quando vier o reajuste do salário mínimo em torno de mais alguns gastos, em R$ 120 bilhões", disse Tebet.
O déficit primário considera que as despesas ficarão acima da arrecadação de receitas, antes mesmo do pagamento de juros da dívida pública. O valor engloba o pacote de medidas anunciado em janeiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que projeta aumento da arrecadação via o repaginado Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e a volta do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O relatório divulgado na quarta, 22, pela área econômica não levou em consideração o reajuste do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, que entra em vigor a partir de 1º de maio.
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