Senadores deram parecer favorável para indicados às diretorias de Política Monetária e de FiscalizaçãoPedro França/Agência Senado
Com a lei de autonomia do BC, vigente desde 2021, que estabelece mandatos fixos e não coincidentes para a cúpula da autarquia, os dois escolhidos por Lula, se aprovados definitivamente pelo Senado, vão ter de conviver com uma diretoria majoritariamente indicada por seu antecessor, Jair Bolsonaro.
No dia da indicação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi porta-voz de Lula, fez questão de dizer que Campos Neto foi o primeiro a sugerir o nome de Galípolo para o BC, de modo a atuar para aumentar o entrosamento entre as duas equipes e a harmonia entre as políticas fiscal e monetária. Nos bastidores, o então número 2 da Fazenda já é visto como sucessor de Campos Neto, que deve deixar a autarquia em dezembro do ano que vem.
Antes, porém, a expectativa é de que Galípolo e Aquino sejam vozes pró-afrouxamento monetário no Comitê de Política Monetária (Copom). A posição do governo é de que o primeiro corte da Selic já deveria ter acontecido.
Galípolo também deve ter o desafio de ganhar experiência com o dia a dia da diretoria de Política Monetária, responsável pelas operações de mercado para manter a Selic na meta estabelecida e por garantir a funcionalidade do câmbio.
Aquino, por sua vez, tem longa experiência dentro da autarquia, inclusive na área de supervisão e fiscalização, e é elogiado pelo mercado. Antes de ser indicado, ele era chefe do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira, ligado à diretoria de Administração do BC.
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