De acordo com a pesquisa, 41% dos brasileiros consideram que o Brasil está melhor que em 2022Reprodução/Agência Brasil

Chegando à metade do ano, o brasileiro mantém o otimismo diante da economia brasileira, a de sua família e sua própria. A queda da inflação é um dos sinais que dão o suporte a essa perspectiva mais positiva sobre os rumos econômicos, mostra a rodada de junho da pesquisa Radar Febraban-Ipespe. Na esteira do recuo objetivo da inflação ao longo dos últimos meses, caiu oito pontos no último bimestre (de 67% em abril para 59% em junho) a percepção de que os preços estão se elevando. Para perto de um quinto (18%) houve diminuição da carestia.

Também cresceu quatro pontos (de 37% para 41%) a visão de que o país está melhor do que em 2022. E a expectativa de que o Brasil vai melhorar até o fim do ano evoluiu dois pontos no último bimestre (de 51% para 53%). Essa expectativa positiva é generalizada em todos os segmentos avaliados por sexo, escolaridade, renda familiar e instrução.
Realizada entre os dias 22 e 29 de junho, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do país, esta edição do Radar Febraban mapeia as expectativas dos brasileiros sobre a economia em 2023, sua vida pessoal,e também em relação à atual gestão política do país. A pesquisa traz ainda uma versão regional, com as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras.

Seguem estáveis a aprovação e a avaliação do governo federal, ao fim do primeiro semestre do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com oscilações de um a dois pontos em relação ao levantamento de abril. Na avaliação, o governo obtém 38% de ótimo e bom, cerca de um terço o consideram regular (31%), e 27% o avaliam de forma expressamente negativa (ruim e péssimo).

O estudo também mostra que a maioria (70%) daqueles que tomaram conhecimento da iniciativa da Autorregulação dos bancos de exigir que frigoríficos e matadouros implementem a partir de 2026 o rastreio da cadeia de carnes aprova a medida.
“Esse é um resultado expressivo e comprova que a sustentabilidade é uma preocupação real das pessoas, que cada vez mais identificam boas práticas ambientais e sociais como uma necessidade e obrigação das empresas”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, que complementa; “A agenda verde dos bancos nessa direção já existe há vários anos, mas aprimorá-la estreita esse elo fundamental com a sociedade atual e futura”.