No primeiro semestre, a BB Seguridade teve lucro líquido de R$ 3,601 bilhõesPaulo Whitaker/Reuters

A BB Seguridade, holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 1,841 bilhão no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço publicado nesta segunda-feira, 7. O resultado foi 30,9% maior que o do mesmo período do ano passado, e 4,1% maior que o do primeiro trimestre deste ano.
No primeiro semestre, a BB Seguridade teve lucro líquido de R$ 3,601 bilhões, alta de 39,3% em relação aos seis primeiros meses de 2022. Segundo a empresa, é o novo recorde de resultado para um semestre, impulsionado pelo desempenho comercial em seguros, previdência e capitalização, melhora da sinistralidade e o crescimento do resultado financeiro.
O primeiro semestre do ano passado teve um aumento de sinistralidade na Brasilseg, a empresa de seguros do grupo, diante dos efeitos do fenômeno climático La Niña, que causou seca na região Centro-Sul do País. Líder em seguro rural, a companhia registrou um alto volume de pedidos de indenização entre janeiro e março do ano passado.
No segundo trimestre deste ano, as maiores contribuições para o crescimento do lucro vieram da Brasilseg, graças à evolução dos prêmios ganhos e do resultado financeiro. Logo em seguida vem a Brasilprev, empresa de previdência privada, que registrou melhoria do resultado financeiro diante da dinâmica mais favorável dos índices de inflação.
Foi a Brasilprev a empresa que teve o maior crescimento de resultados atribuíveis à holding, com um salto de 95,7% em 12 meses, para R$ 337,195 milhões. Na Brasilseg, o crescimento foi de 32,4%, para R$ 724,236 milhões.
Outra parte do resultado da holding vem da distribuição dos produtos das empresas, que gerou resultado de R$ 706,795 milhões, alta de 11,9% no intervalo de um ano.
O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e das empresas investidas foi de R$ 376 milhões, alta de 125,9% em um ano, e de 11,2% em um trimestre. Respondeu por 20,4% do lucro líquido, contra 11,8% no mesmo período do ano passado.
"A deflação registrada no IGP-M, que levou a redução do custo do passivo atrelado aos planos de previdência de benefício definido, o fechamento da estrutura a termo de juros futuros, a alta da taxa Selic e a expansão do saldo médio de ativos financeiros foram os principais responsáveis pela variação", diz a holding.
Em junho, 45,3% da carteira de investimentos da holding e das investidas estava em ativos atrelados a índices de inflação, e outros 41,6% a títulos pós-fixados, ou seja, que variam de acordo com os juros. A Selic média do período foi de 13,65%, ante 12,37% no segundo trimestre de 2022, e estável em relação ao primeiro trimestre deste ano.