Nesta segunda-feira, 11, Ibovespa tinha alta de 0,78%, aos 116.212,89 pontos, às 11h18Reprodução
Perspectivas otimistas na China motivam Ibovespa a recuperar parte da queda recente
Governo chinês afrouxou as regras para que seguradoras invistam em ações, numa tentativa de estimular a economia do país
Perspectivas otimistas com a economia chinesa instigam o Ibovespa a subir, depois de fechar a sexta-feira, 8, em queda de 0,58% (115.313,40 pontos) pela quarta sessão seguida. Nesta segunda-feira, 11, tinha alta de 0,78%, aos 116.212,89 pontos, às 11h18. Ainda fica no radar o noticiário envolvendo a Petrobras. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que as pesquisas em busca de petróleo na Margem Equatorial vão continuar.
O bom humor internacional faz com que o Índice Bovespa recupere uma parcele da desvalorização de 2,19% na semana passada, influenciada em boa medida por temores com a desaceleração chinesa. Contudo, o Ibovespa tem dificuldade em buscar os 117 mil pontos, em dia de agenda esvaziada, o que ganhará força nos próximos dias, e diante da falta de novidades internas.
Além disso, há instantes reduziu a alta, chegando a perder pontualmente os 116 mil pontos (indo aos 115.948,08 pontos às 11h07), apesar de perspectivas de estabilização da economia China. A desaceleração do Índice Bovespa ocorre conjuntamente com a perda de ímpeto das bolsas americanas. Os investidores esperam a divulgação de dados importantes nesta semana que poderão sinalizar os passos da política monetária dos EUA.
"Desde a semana passada, dados da China têm influenciado, principalmente os de exportação, quando o Ibovespa perdeu uma região importante, a dos 116 mil pontos, ficando mais lateralizado", relembra Alan Soares, analista da Toro Investimentos. Naquela ocasião, foi divulgada a balança comercial chinesa, que mostrou queda forte das exportações e das importações em agosto na comparação interanual.
Segundo Soares, para que o Índice Bovespa ganhe ímpeto será preciso esperar as divulgações da semana, como os dados de inflação dos EUA e do Brasil. "Para ter ímpeto comprador, olhará os dados dos próximos dias. A iminência de alta dos juros nos Estados Unidos tem limitado novos avanços", avalia.
No gigante asiático, a Guide Investimentos destaca em nota a divulgação, nesta semana, da produção industrial, das vendas do varejo, da taxa de investimento e o nível de desemprego. Nos Estados Unidos, o foco será o CPI de agosto e, na zona do Euro, a decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE).
A China afrouxou as regras para que seguradoras invistam em ações, numa tentativa de estimular a economia do país. Ao mesmo tempo, o índice de preços ao consumidor (CPI) do país subiu menos que o esperado na comparação anual de agosto, enquanto o de inflação ao produtor (PPI) teve deflação menos acentuada. Além disso, no mês passado, os bancos chineses ampliaram fortemente a concessão de empréstimos, uma forma de apoiar a recuperação da economia.
No Brasil, há expectativa da divulgação do IPCA de agosto, que sairá amanhã, que deve acelerar a 0,28%, após alta de 0,12% em julho, conforme a mediana das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast.
Sobre o IPCA, segundo a economista-chefe do TC, Marianna Costa, as atenções permanecem com o comportamento dos núcleos, em particular o núcleo de serviços, que segue mostrando comportamento benigno. "No entanto, o comportamento dos preços como um todo deve corroborar a percepção de que o Copom não deve ter espaço para acelerar o passo dos cortes da taxa Selic", diz
Nesta segunda, o boletim Focus trouxe poucas alterações nas previsões para a inflação e para a Selic.
Na máxima diária, o Ibovespa alcançou 116.291,54 pontos, em alta de 0,85%, e na mínima foi aos 115.315,94 pontos, com variação zero. Vale ON subia 2,05%, após o minério de ferro fechar com valorização de 2,41% em Dalian, na China. Já Petrobras tinha elevação de 0,57% (PN) e de 0,33%, com o petróleo avançando de forma moderada no exterior. Ações de grandes bancos também subiam.
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