Na semana passada o Copom reduziu a Selic pela segunda vez consecutivaReprodução
No horizonte relevante, houve alta de 3,4% para 3,5% para 2024, principal foco da política monetária, e de 3,0% para 3,1% para 2025, que tem peso minoritário nas decisões. O centro da meta para os dois anos é de 3,0%.
"Após a análise do cenário, todos os membros concordaram que era apropriado reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de forma a ajustar o grau de aperto monetário prospectivo", ponderou o BC.
Na semana passada o Copom reduziu a Selic pela segunda vez consecutiva, de 13,25% para 12,75% ao ano.
Na ata, o BC também mostrou que houve divergências entre os membros do Copom na evolução do cenário. O documento destacou que as expectativas de inflação seguem acima da meta e se mantiveram relativamente estáveis recentemente - para 2025 e 2026, a Focus mostra a mediana parada em 3,50% há semanas. Segundo a ata, alguns membros do Copom "se mostraram particularmente preocupados com a possibilidade de metas desancoradas por um período longo".
Em relação ao processo desinflacionário, o documento destacou que segue em curso, com a inflação de serviços desacelerando na margem. Nesse ponto, parte dos membros teve uma visão mais positiva e o restante ainda se mostrou cauteloso.
Quanto ao hiato do produto, conforme antecipado pela diretora de Assuntos Internacionais, Fernanda Guardado, em evento recente, o Copom considerou que houve um aperto na margem, em função da "maior resiliência da atividade econômica". O colegiado ainda informou que foram avaliadas as implicações de formas alternativas de mensuração do hiato do produto e seus respectivos impactos nas projeções.
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