Presidente do Ibama, Rodrigo AgostinhoVinicius Loures/Câmara dos Deputados
"A gente está analisando, não tem ainda uma conclusão. A equipe concluiu agora vários processos de licenciamento, a maior parte deles da Petrobras", afirmou Agostinho em declaração à imprensa nesta quarta-feira, 22, no Palácio do Planalto.
Em maio, o Ibama negou licença para a perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas para a Petrobras. O órgão argumentou, entre outros pontos, que era necessária a realização da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar. O Ministério de Minas e Energia, contudo, discordou da avaliação e pediu então o parecer técnico da Advocacia-Geral da União (AGU).
A fala de Agostinho ocorreu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre os biomas do Brasil nesta quarta-feira, 22, no Palácio do Planalto. Participaram também da reunião a ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, e representantes de todos os biomas nacionais.
De acordo com a ministra, o encontro ocorreu por solicitação de Lula de olho na COP 28, que ocorrerá na semana que vem nos Emirados Árabes. O objetivo era que o Ministério apresentasse um panorama de planos de prevenção e controle do desmatamento e desenvolvimento sustentável.
Diante das mudanças climáticas que estão afetando os Estados brasileiros, Marina disse esperar que, ano que vem, o governo esteja "mais articulado" com os entes federativos. "O fogo não é municipal nem federal, é responsabilidade de todos nós."
Marina afirmou que o plano de prevenção e controle de desmatamento da Amazônia já está em operação, já o do Cerrado está pronto para ser lançado. "Estamos trabalhando em relação aos demais planos; isso não é algo fácil, é complexo", detalhou. Segundo o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA, André Lima, os demais quatro planos devem ser finalizados em junho do ano que vem.
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