Manguezais estão entre as vegetações a serem recuperados pelo projetoReprodução
"Para contemplar todos os vencedores, as duas instituições aumentaram em R$ 2,9 milhões os R$ 44,4 milhões inicialmente planejados", informou o banco de fomento, em nota à imprensa.
Os selecionados foram Projeto Manutenção do Estoque Natural, da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), para restauração de manguezais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Municipal Piraquê-Açú e Mirim, no município de Aracruz, no Espírito Santo; Projeto Entre Mangues e Caranguejos, do Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), para restauração de área correspondente a antigas pastagens de búfalos na Reserva Natural Papagaio-de-cara-roxa (RNPCR), localizada no município de Guaraqueçaba, no Paraná; Projeto Regenera Guara, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para restauração de manguezais em Guaratiba, no Rio de Janeiro; Projeto CO2 Manguezal, da Fundação Vovó do Mangue, par a restauração de manguezais, restingas e florestas na área da Área de Proteção Ambiental Baía de Todos os Santos e da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape, na Bahia.
Os projetos foram propostos por instituições sem fins lucrativos, incluindo associações civis, fundações privadas e cooperativas, informou o banco. A gestão operacional e o acompanhamento da execução das iniciativas ficarão a cargo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).
A comissão de seleção contou com 17 integrantes do BNDES, Petrobras, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Foram avaliadas 30 propostas.
"Os projetos selecionados cobrem três macrorregiões (Costa Norte, Nordeste/Espírito Santo e Sul/Sudeste) definidas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossistema Manguezal, elaborado pelo ICMBio", explicou o banco.
Segundo o BNDES, a chamada pública foi a primeira seleção da iniciativa Floresta Viva, "destinada a implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros".
O banco e a Petrobras já elaboram novo edital, desta vez com o objetivo de recuperar corredores de biodiversidade, "que fazem a ligação entre fragmentos de remanescentes de vegetação nativas, permitindo o deslocamento de animais entre as áreas e a dispersão de espécies vegetais, além de impedirem que unidades de conservação se transformem em ilhas". O objetivo é selecionar até nove projetos, com pelo menos 200 hectares cada um, focando em dez corredores em áreas de Cerrado e Pantanal nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo a região da Bacia do Alto Paraguai.
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