Campos Neto, presidente do BCFoto Lula Marques/ Agência Brasil
Campos Neto ressaltou que, nesse sentido, destravar a agenda ambiental é essencial para os formuladores da política monetária brasileira e será como um "cartão postal para atrair investimentos estrangeiros nos próximos anos".
E, na visão dele, incentivos governamentais são importantes em projetos de infraestrutura para aliviar os custos de investimentos ecológicos. Estes projetos exigem financiamento em moeda estrangeira, o que encarece o processo especialmente no Brasil, que lida com taxas de juros elevadas e um amplo diferencial de juros em comparação aos outros países.
No entanto, ele destacou que o BC não está diretamente envolvido no novo hedge cambial, funcionando como "apenas parte do processo" para facilitar o envio de investimentos por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O BC se concentrará em atuar como contraparte, ao tomar riscos de crédito e cambiais, descreveu o presidente, mitigando riscos financeiros e garantindo a efetividade dos recursos. "O nosso objetivo é reduzir o custo do hedge cambial no longo prazo, não temos intenção de controlar a volatilidade ou o câmbio em si", enfatizou.
Assim, o swap cambial será expandido entre 12 a 18 meses na modalidade para investimentos ecológicos do novo hedge. "Também não temos operação sendo estudada que inclua o uso de reservas internacionais", afirmou Campos Neto.
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