Maior fatia será destinada ao Aeroporto de Congonhas, em São PauloMinistério da Infraestrutura
Sem aumentar o número de pousos e decolagens, a Aena planeja ampliar a capacidade operacional do aeroporto paulista de 22 milhões passageiros por ano atualmente para 29,5 milhões.
Esse crescimento vai ser baseado na ampliação das áreas operacionais e uso de equipamentos, tecnologias e sistemas mais modernos.
Depois de implementadas as melhorias, os pontos de parada de aeronaves poderão receber aviões de maior capacidade, como o Airbus A321neo.
Com um novo pátio de 215 mil m² para a aviação comercial, haverá aumento de 30 para 37 posições de parada de aeronaves, sendo 19 nas pontes e 18 remotas, com afastamentos adequados, pronto para receber o Airbus A321 em todas as posições. Além disso, pistas e pátios receberão reforço estrutural, além da construção de novas pistas de rolagem, nova via de serviço para a aviação geral e uma saída rápida quando operando pela cabeceira 35L.
O projeto inclui também a disposição de 20 mil m² para espaços comerciais. Com isso, será ampliada a oferta de lojas, serviços, salas VIP e áreas para escritórios e salas empresariais.
Terminal de passageiros
Outro destaque é o novo terminal de passageiros, que vai dobrar de tamanho, chegando a 105 mil metros quadrados. As obras começam ainda em 2024, com a conclusão prevista até junho de 2028.
O terminal de embarque terá um novo salão de check-in com 72 posições, com possibilidade de chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento.
Serão 19 novas pontes de embarque, em substituição às 12 atuais, garantindo 70% ou mais dos embarques diretos às aeronaves.
Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto, dando novo uso ao hangar tombado, 13 leitores automáticos de cartão de embarque e aumento de 10 para até 17 canais de inspeção.
O projeto prevê ainda portões de embarque reversíveis, capazes de acomodar voos internacionais de acordo com a demanda das companhias aéreas.
No desembarque, será instalado um novo sistema de processamento de bagagens, com 10 carrosséis ante três atualmente, além do aumento de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem, totalizando 228 metros de extensão.
Trânsito
Para melhorar a circulação viária e reduzir o trânsito no acesso ao aeroporto de Congonhas, a Aena irá criar um bolsão para carros de aplicativos e de locadoras e uma nova praça pick-up com 72 vagas para embarque em carros de aplicativos.
A área de meio-fio terá um incremento de 250 metros para embarque e desembarque dos passageiros e haverá um acesso direto à futura estação de metrô da linha Ouro.
Segurança
A segurança das operações de Congonhas será reforçada com o afastamento maior entre aeronaves e pistas, dentro da norma internacional.
O projeto prevê também a redução da circulação viária interna, com mais pontes de embarque e oferta de serviços nas posições de parada, além de novas áreas de escape (RESAs) na pista auxiliar e adequação de sinalização e balizamento.
Melhorias de curto prazo
De olho no curto prazo, a Aena conta com projetos a serem implementados ainda em 2024. Entre as ações imediatas, estão o reordenamento das vias e meios-fios, implantação de bolsão para carros de aplicativo e praça pick-up para embarque de passageiros, retrofit do sistema de ar-condicionado do terminal atual, reforma dos banheiros, reordenamento e ampliação do Raio X, revitalização da fachada e ampliação da sala de embarque remoto.
A Aena não detalhou como esses R$ 2,5 bilhões serão divididos entre os aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Altamira (PA), Carajás (PA), Marabá (PA), Santarém (PA), Montes Claros (MG), Uberlândia (MG) e Uberaba (MG), todos arrematados na sétima rodada de concessões, promovida em 2022.
No entanto, a concessionária informou que todos terão aumento da capacidade operacional, com ampliação da área construída dos terminais de passageiros, requalificação das pistas, implantação de faixas de segurança e de áreas de escape nas cabeceiras.
De acordo com as necessidades de cada aeródromo, haverá nova habilitação de aproximação de aeronaves e outros recursos para reforçar pousos e decolagens. Também estão previstas intervenções nos pátios, com novas posições para estacionamento de aeronaves, quando necessário.
Além das obras, a companhia também programa aportes em tecnologia, sistemas, novos equipamentos e num novo mix comercial, para melhorar as experiências de viagem.
Enquanto as obras de Congonhas estão previstas para acabar em meados de 2028, por causa da maior complexidade, as melhorias nesses demais aeroportos devem estar prontas até metade de 2026.
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