Jean-Paul Prates estaria sendo vítima de "fritura" por integrantes do governo LulaLula Marques/ Agência Brasil
Conselheiro da Petrobras elogia gestão Prates e diz que debate afeta nível de risco da estatal
Representante dos acionistas minoritários saiu em defesa do executivo
O advogado Francisco Petros, membro do Conselho de Administração da Petrobras e representante dos acionistas minoritários, avalia positivamente a gestão do presidente da estatal, Jean Paul Prates. "Prates é profissional competente, tem excelente relacionamento internacional", afirmou ele, em entrevista à Globonews.
Nos últimos dias, Prates tem sofrido uma "fritura" pública de integrantes do governo, incluindo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Para Petros, esse debate acaba respingando na governança da companhia, o que é "lamentável".
A crise vem desde a formação do governo, mas se acirrou no mês passado, com a divergência entre a distribuição ou não dos dividendos extraordinários aos acionistas.
De um lado, o presidente da estatal era a favor de distribuir 50%, do outro, os representantes do governo queriam reter os valores para uma reserva.
Por causa disso, a Petrobras perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado em um único dia. Petros ainda demonstrou preocupação em relação à variação do preço dos papéis que a petroleira vem tendo por causa da crise.
"A volatilidade de ações tem preocupado muito. O nível de risco da companhia instantaneamente muda", afirmou o conselheiro.
Neste mês, as ações da empresa estão em queda de 5,46%, o que praticamente zerou os ganhos da estatal neste ano para (valorização de 0,05% em 2024). No período de 12 meses, no entanto, as ações subiram 83,46%.
A crise no comando da Petrobras ganhou novos contornos nesta semana, quando o ministro Alexandre Silveira, retomou os ataques ao presidente da estatal.
Nos bastidores, fontes afirmam que Prates está por um fio. A lista de candidatos ao comando da petroleira inclui desde técnicos do setor de óleo e gás e executivos, como Magda Chambriard e Ricardo Savini, da 3R, a petistas puro-sangue, como Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
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