A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 12 de junho, com 1.843 empresas,Reprodução / Internet
Confiança da indústria cai em junho e 11 setores estão mais pessimistas, diz CNI
Índice apresentou recuo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do mês de junho recuou em 19 dos 29 setores da indústria e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A queda da confiança também foi percebida nas grandes empresas. Os dados constam da pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com o recuo, 11 setores da indústria agora se encontram em um cenário de falta de confiança.
A pesquisa mostra que seis setores da indústria migraram da confiança para a falta de confiança: produtos de metal; vestuário e acessórios; metalurgia; celulose e papel; máquinas e equipamentos; e biocombustíveis.
Outros três setores fizeram a transição contrária e agora estão confiantes: impressão e reprodução, calçados e suas partes; e móveis. No mês de junho, 17 setores da indústria mostraram-se confiantes e 11 registraram falta de confiança. Além disso, um setor ficou neutro.
"O número de setores industriais que registram falta de confiança em junho é o maior desde outubro de 2023, mês em que 14 setores industriais registravam falta de confiança", destaca a CNI.
Os dados por região mostram que a região Sul teve um avanço de 0,5 ponto no Icei de maio para junho, passando de 47,4 pontos para 47,9 pontos. Apesar do aumento, o índice de confiança na região ainda é o único abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
"Este pequeno avanço foi puxado apenas pelas expectativas positivas das indústrias do Sul para com elas mesmas nos próximos meses. Essa esperança está relacionada às iniciativas em prol da reconstrução do Rio Grande do Sul e toda ajuda recebida. Quando os empresários foram questionados sobre a situação atual da própria empresa e da economia do País, os indicadores apresentaram uma avaliação ainda mais negativa do que no mês anterior", explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Com relação ao porte, a confiança caiu 1,0 ponto nas grandes empresas, teve leve avanço nas médias empresas (+0,5 ponto) e ficou praticamente estável nas pequenas empresas, com queda de 0,2 ponto. Apesar do movimento, somente as pequenas indústrias seguem com falta de confiança (com índice abaixo dos 50 pontos), e médias e grandes estão confiantes.
A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 12 de junho, com 1.843 empresas, sendo 739 de pequeno porte, 667 de médio porte e 437 de grande porte.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.