O WTI, negociado no mercado americano e com vencimento para o mesmo mês, recuou 0,98%, para 80,83 dólaresReprodução
Petróleo cai diante de dúvidas sobre demanda nos EUA
Preço do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em agosto, caiu 1,16%, para 85,01 dólares
As cotações do petróleo caíram nesta terça-feira (25), e perderam os ganhos de segunda, em meio à piora da confiança dos consumidores nos Estados Unidos, o que moderou o otimismo dos investidores sobre a demanda por energia.
O preço do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em agosto, caiu 1,16%, para 85,01 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano e com vencimento para o mesmo mês, recuou 0,98%, para 80,83 dólares.
"É um mercado esgotado e mudando de direção", resumiu Mark Waggoner, da consultoria Excel Futures.
"Não acredito que a demanda" por energia e combustível seja "exuberante", acrescentou o analista, quando começa a temporada de férias nos Estados Unidos.
"Prefiro pensar que será estável e que caminhamos para uma queda" de preços, assinalou o especialista, que considera que o petróleo alcançou seu pico do ano em abril, quando o WTI superou os 86 dólares por barril.
Além disso, a confiança dos consumidores piorou nos Estados Unidos em junho, mas menos que o esperado pelo mercado, assinalou nesta terça o instituto Conference Board.
O índice de confiança das famílias ficou em 100,4 pontos para junho, segundo a pesquisa mensal do Conference Board, contra 101,3 pontos em maio.
Os analistas esperavam uma queda mais acentuada com o índice em 100 pontos, segundo o consenso reunido pela consultoria Market Watch.
Somado a esse dado-chave para as perspectivas da demanda, o dólar se fortaleceu nesta terça, o que encarece o barril de petróleo para investidores em outras moedas, já que ele é cotado na divisa americana.
Além disso, "os prêmios de risco vinculados à Rússia [pela guerra na Ucrânia] e Oriente Médio, continuam sendo importantes" e sustentam os preços, afirmou o analista Claudio Galimberti, da consultoria Rystad Energy.
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