Preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro caiu 1,31% Divulgação

Os preços internacionais do petróleo perderam terreno nesta terça-feira (16), pressionados pelos dados econômicos sombrios da China, enquanto nos Estados Unidos os investidores se perguntam sobre o impacto de uma possível nova presidência de Donald Trump no fornecimento de petróleo americano.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro caiu 1,31% e fechou a 83,73 dólares.
Por sua vez, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para agosto cedeu 1,40%, aos 80,76 dólares.
"A desaceleração [econômica] da China é um fator importante no mercado" nesta terça, disse Bill O'Grady, da Confluence Investment, já que uma redução do crescimento da segunda maior economia mundial e o maior importador de petróleo poderia significar uma queda na demanda de petróleo.
A expansão econômica da China desacelerou para 4,7% interanual no segundo trimestre, contra 5,3% nos primeiros três meses, muito abaixo das expectativas dos analistas e o ritmo mais fraco em dois anos.
Embora os membros da Opep+ tenham reduzido sua produção, o que permitiu que os preços se mantivessem em alta, a geração de petróleo americano aumentou.
"Os preços do petróleo estão subindo a cerca de 85 dólares por barril, como nas últimas semanas, mas é difícil manter o rumo quando se sabe que há toda essa capacidade de produção disponível", acrescentou o analista.
"Ao mesmo tempo, os preços não caem muito porque a Opep+ se mantém disciplinada em seus cortes de produção", resumiu.
Há outras preocupações que começam a interessar o setor: sobretudo qual será a tendência dos preços se Trump for eleito novamente à Casa Branca em novembro, depois que o candidato republicano escapou de um atentado a tiros e embarca em uma convenção triunfal de seu partido.
"Se seu programa é baixar o preço do petróleo aumentando a produção nacional, é muito possível que as petrolíferas não queiram aumentar a produção", o que teria o potencial de reduzir as cotações, concluiu O'Grady.