A Pré-Sal Petróleo (PPSA) comercializou, nesta quarta-feira (31), 37,5 milhões de barris de petróleo da União para 2025 referentes aos Campos de Mero e Búzios. O 4º Leilão de Petróleo da União teve recorde de participação de empresas habilitadas, de companhias ofertantes - sete, no total - e de potencial de arrecadação para os cofres públicos, com estimativa de R$ 17 bilhões. O valor superou em R$ 2 bilhões a previsão anterior, para o período de doze meses, a partir de abril de 2025.
O certame, que aconteceu na sede da B3, em São Paulo, foi dividido em quatro lotes, sendo três de Mero (dois de 12 milhões de barris e um de 11 milhões de barris) e um de Búzios (de 2,5 milhões de barris).
Todos os lotes foram comercializados com resultados superiores ao 3º Leilão, que vendeu as cargas da União de Mero e de Búzios para o período de 2022 a 2024.
O preço médio ponderado de 2022 a junho de 2024 praticado nos contratos em vigor para o petróleo de Mero foi de Brent datado menos US$ 5,98/barril e para o de Búzios, Brent datado menos de US$ 7,12/barril.
Os preços dos vencedores do leilão para 2025 foram:
• Lote 1 Mero / Brent datado menos US$ 1,85/barril; • Lote 2 Mero / Brent datado menos US$ 1,59/barril; • Lote 3 Mero / Brent datado menos US$ 1,35 barril; e • Lote 4 Búzios / Brent datado menos US$ 1,85/barril.
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é fundamental que o país continue trabalhando para garantir mais produção, mais arrecadação e mais capacidade nacional para reduzirmos a dependência de importações.
"Nós somos o 9º maior produtor mundial de petróleo e o maior da América do Sul. O Brasil tem as maiores reservas ultra profundas recuperáveis de petróleo em todo o planeta. Mas precisamos lutar pela independência energética e pelo crescimento econômico do povo brasileiro", afirmou.
Tabita Loureiro, Presidente Interina da PPSA, enfatizou que neste leilão foi obtido o maior valor já pago na história pelo óleo da União. "É um resultado excelente. O preço ofertado é muito superior ao dos contratos vigentes. Trabalhamos bastante no aperfeiçoamento do edital e na dinâmica do leilão para maximizar os resultados para a sociedade brasileira e cumprimos o nosso papel".
Ao final do evento, ela anunciou que, em 2025, a estatal voltará à B3 para comercializar a produção estimada para o ano seguinte. "E tudo isso é apenas o começo. Os contratos de partilha vão gerar muito óleo para a sociedade brasileira. Em 2029, a produção da União nesses contratos vai superar 500 mil barris por dia. Tudo isso significa riqueza para o Brasil, aporte direto no Fundo Social", disse.
Arremates
Após vencer disputa com as empresas CNOOC, Galp, Petrochina, Refinaria de Mataripe e Total Energies, a Petrobras arrematou o primeiro lote do campo de Mero, referente à produção de 12 milhões de barris de petróleo do navio-plataforma FPSO Guanabara, pelo valor de Brent datado menos US$ 1,85/barril.
O segundo lote de Mero, também de 12 milhões de barris de petróleo, desta vez do FPSO Sepetiba, foi adquirido pela chinesa CNOOC, pelo valor de Brent datado menos US$ 1,59/barril disputado no viva-voz com a Petrobras. Galp, Petrochina e Refinaria de Mataripe também colocaram valores para o campo.
A Petrochina adquiriu por Brent datado menos US$ 1,35/barril, o terceiro e último lote de Mero, referente às produções previstas para os FPSOs Duque de Caxias e Pioneiro de Libra, de 11 milhões de barris, em 2025. A disputa foi acirrada no viva-voz entre Petrobras e Petrochina, que também contou com propostas da Galp.
O leilão foi encerrado com o arremate do lote de Búzios pela Petrobras ao valor de Brent datado menos US$ 1,85/barril. A disputa foi acirrada no viva-voz entre a Petrobras, Prio e CNOOC, com Petrochina e Galp também colocando propostas.
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