Ministro da Fazenda, Fernando HaddadArquivo/Lula Marques/Agência Brasil

A equipe econômica negocia com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a realização da sabatina do novo presidente do Banco Central na primeira semana de setembro, antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 17 e 18 do mês que vem.
A ideia, segundo apurou o Estadão, é aproveitar a semana de esforço concentrado, quando os senadores estarão em Brasília. Neste período de campanha eleitoral, o trabalho em comissões e as votações menos polêmicas estão sendo feitas, na maioria dos casos, a distância.
A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha para que, assim que o nome seja anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sabatina possa ser feita. Pacheco sinalizou que irá colaborar com o calendário. A sabatina ocorre primeiro na Comissão de Assuntos Econômicos, depois o nome é submetido à votação em plenário.
O favorito ao cargo é o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo. Caso seu nome seja confirmado, Lula deverá indicar outros três para integrar o Copom, uma vez que também vencem os mandatos dos diretores de Regulação, Otávio Damaso, e de Relacionamento, Carolina de Assis Barros.
Segundo apurou o Estadão, Lula está avaliando o nome do presidente do BC, mas ainda não recebeu as demais indicações para as diretorias. A expectativa de seus auxiliares é a de que primeiro seja apresentado aos senadores o escolhido para ser o presidente da instituição, já que o tempo é curto até a próxima reunião do Copom.
A equipe econômica vem defendendo em reuniões internas que o nome do novo presidente do BC seja anunciado o quanto antes. O perfil almejado para os diretores da instituição é de nomes que não sejam "nem de um lado nem de outro", ou seja, nem mais próximos do mercado nem do governo. A ideia é que sejam pessoas com currículo no setor privado ou no próprio BC.
A lista manejada por Haddad contempla também mulheres, e há uma preocupação na equipe econômica para que a vaga de Carolina de Assis Barros seja ocupada por outra mulher.