O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que as inflações implícitas subiram muito, o que causa grande desconforto à autarquia. Durante a conferência anual do Santander, ele voltou a enfatizar a mensagem de que o BC vai fazer o que for preciso para atingir a meta de inflação, de 3% ao ano.
Conforme Campos Neto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na terça-feir, 27, com desaceleração na margem, veio um pouco melhor, mas ainda sem dar conforto para a autoridade monetária.
'Economia dos EUA está desacelerando'
O executivo avalia que, embora os principais temas debatidos na campanha para a eleição do próximo presidente dos Estados Unidos sejam inflacionários, a percepção é de que o ritmo de crescimento da economia do país está desacelerando. Isso, de acordo com o banqueiro central brasileiro, está ligado à precificação por parte dos americanos de uma política monetária mais agressiva por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
"No nosso cenário, a desaceleração dos EUA será benigna e, provavelmente, organizada", disse Campos Neto, durante sua participação nesta manhã na 25ª Conferência Anual Santander que o banco realiza na capital paulista nesta semana.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.