Adesão ao Cadastro Positivo facilita o acesso ao créditoPixabay
O Cadastro Positivo também impactou pessoas que tiveram seus restritivos resolvidos, em cerca de três vezes. Em um cenário sem o positivo, apenas 7,3% dos consumidores teriam chances de acesso a um crédito mais qualificado, enquanto, atualmente, o percentual atinge 20,7%.
“O Cadastro Positivo traz uma visão mais completa do histórico de pagamento dos consumidores, permitindo maior conhecimento de suas informações financeiras, como o padrão de pontualidade de suas contas pagas. Ao conhecer melhor seu cliente, vendo que ele teve uma negativação, mas na maior parte do tempo é um bom pagador, o credor dispõe de mais transparência para aumentar sua confiança e conceder o crédito, efetuando uma nova relação comercial. Os dados mostram que Cadastro Positivo reduz o peso dos dados negativos na análise de crédito. No entanto, é preciso reforçar que apesar da melhora dos modelos e também da aprovação de crédito, para o consumidor, manter as contas em dia e sem negativações é sempre a melhor alternativa para quem está buscando crédito”, afirma Giresse Contini, diretor de Credit Services da Serasa Experian.
O estudo traz ainda o quanto o Cadastro Positivo ampliou as chances de obtenção de crédito em algumas vertentes, como idade, gênero, região e renda mínima, observando também os dois cenários, com restritivo e com restritivo resolvido.
Em termos de idade, é possível observar uma mesma característica em ambos os cenários. Ou seja, a faixa de idade que ampliou em mais vezes a chance de obtenção de um crédito melhor foi a de 31 a 40 anos. Para o público com restritivo, antes do cadastro positivo a possiblidade era de apenas 0,3% e agora, com a vigência do CP passou para 6,2% - um aumento fatorial de 24 vezes. Já o perfil que possui restritivo resolvido, o aumento fatorial foi de mais de 3 vezes, passando de 5,4% para 18%.
Já em temos de região, olhando para o panorama com restritivo, vemos que o Sudeste foi o que obteve o maior avanço. Enquanto a chance de acesso era apenas 0,5% sem o CP, com o Positivo passou para 9,8% — crescendo 19,5 vezes. Quando olhamos para o perfil que possui restritivo resolvido, a região que se destaca é a Norte, com três vezes o aumento percentual com o Cadastro Positivo, passando de 4,4% para 15,5%.
O estudo envolveu uma amostra aleatória de um milhão de CPFs anonimizados que foram analisados nos dois perfis de comportamento financeiro: aqueles que possuem algum restritivo, ou seja, pelo menos uma negativação, e aqueles com algum restritivo resolvido, isto é, que tiveram negativação regularizada recentemente. Esses CPFs foram separados em grupos variados que dividem a amostra em 10 partes iguais (decis). Para os dados desse estudo, foram considerados os decis 8, 9 e 10. Eles correspondem na escala localizados nos Scores a partir de 600. Os dados foram analisados ainda nos recortes de: idade, gênero, região e renda mínima.
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