Edifício-Sede do Banco Central em BrasíliaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
A mediana para o IPCA de 2025 passou de 3,92% para 3,95%, de 3,91% um mês antes. Considerando apenas as 116 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,00% para 3,97%.
No último ciclo de comunicações, o Copom informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como o seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses atinja 3,4% no período, no cenário de referência, ou 3,2%, no cenário com a Selic estável em 10,5%.
O BC espera inflação de 4,2% este ano e de 3,6% no ano que vem, no cenário de referência. No cenário alternativo, projeta IPCA de 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta. Para 2026, oscilou de 3,60% para 3,61% após 14 semanas de estabilidade. Para 2027, seguiu em 3,50% pela 63ª semana consecutiva.
A mediana do relatório Focus para a alta do PIB de 2025 seguiu em 1,90%. Quatro semanas antes, estava em 1,89%. Levando em conta só as 81 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,88% para 1,90%.
Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,00%, como já estão há 58 e 60 semanas, respectivamente.
A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 3,2% em 2024, de acordo com revisão publicada na última sexta-feira, 13.
A mediana do Focus para o déficit primário de 2025 continuou em 0,75% do PIB, fora do intervalo da meta do ano que vem, que também é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB. Um mês antes, a projeção era de um déficit de 0,70% do PIB.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 apresentado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento segue a meta do novo arcabouço fiscal de déficit primário zero no ano que vem em proporção do PIB. As tabelas do documento trouxeram um resultado neutro, equivalente a 0% do PIB, que já desconta cerca de R$ 44 bilhões de gastos com precatórios que ficam fora da meta.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 passou de 7,40% para 7,55%, contra 7,30% um mês atrás. A estimativa intermediária para 2025 passou de déficit nominal de 6,75% para 7,20% do PIB. Há quatro semanas, estava em 6,50%.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB em 2024 passou de 63,70% para 63,50%, ante 63,65% de quatro semanas atrás. A estimativa intermediária para 2025 passou de 66,45% para 66,10%, contra 66,20% um mês antes.
Já a projeção para a Selic no fim de 2025 passou de 10,25% para 10,50% ao ano. Há quatro semanas, estava em 10,00%.
Considerando apenas as 107 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a taxa Selic no fim de 2024 continuou em 11,25%. A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 seguiu em 10,50%, também incorporando apenas as 106 atualizações da semana passada.
Os analistas de mercado mantiveram a mediana das expectativas para a Selic em 2026 em 9,50%. Um mês atrás, era de 9,00%. A Focus também traz a continuidade da projeção de 9,00% em 2027, mesmo patamar das últimas 17 semanas.
A projeção deficitária passou de US$ 36,45 bilhões para US$ 38,50 bilhões, ante US$ 38,00 bilhões de um mês atrás. Para 2025, a estimativa de déficit passou de US$ 43,25 bilhões para US$ 43,50 bilhões, ante US$ 43,60 bilhões de quatro semanas antes.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2024, a projeção passou de US$ 83,53 bilhões para US$ 82,87 bilhões, de US$ 82,44 bilhões um mês antes. Para 2025, a mediana passou de US$ 79,00 bilhões para US$ 77,65 bilhões, ante US$ 78,50 bilhões de quatro semanas atrás.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) é mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes. A mediana das previsões para o IDP em 2024 passou de US$ 71,00 bilhões para US$ 70,75 bilhões, de US$ 70,00 bilhões de um mês antes. Para 2025, a estimativa passou de US$ 73,50 bilhões para US$ 73,56 bilhões, de US$ 71,20 bilhões de quatro semanas atrás.
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