Nas reuniões com investidores nos Estados Unidos, segundo participantes das negociações, muito se falou do risco BrasilReprodução/Abefin
Moove, da Cosan, adia oferta de ações em NY
Ordens de compras de investidores estrangeiros foram feitas com preços abaixo da faixa proposta
São Paulo- A Moove, fabricante de lubrificantes da Cosan, decidiu adiar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que seria fechada na noite de quarta-feira, em Nova York. A razão é que as ordens de compras de investidores estrangeiros foram feitas com preços abaixo da faixa proposta, que ia de US$ 14,50 a US$ 17,50, conforme apurou o Estadão/Broadcast.
A Cosan confirmou a suspensão do IPO por meio de fato relevante, em que atribuiu a desistência a "condições adversas de mercado" e disse ainda que manterá o mercado atualizado a respeito dos desenvolvimentos relacionados a este tema.
A operação era esperada para quebrar um jejum de quase três anos de aberturas de capitais de empresas brasileiras em Wall Street. O mais recente IPO foi o do Nubank, em dezembro de 2021.
Nas reuniões com investidores nos Estados Unidos, segundo participantes das negociações, muito se falou do risco Brasil. Muitos fundos de investimento de mais longo prazo, que ficam com o papel, os chamados "long only" decidiram não continuar na oferta.
O livro de ordens teve parte dos pedidos entre US$ 12,50 e US$ 13 por ação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. A esse nível, a empresa preferiu esperar um momento melhor para fazer a oferta
O processo de "venda" das ações, que acontece por meio da coleta de preços que os investidores estão dispostos a entrar na oferta, foi feito na quarta-feira. Uma eventual estreia das ações na Nyse ocorreria ontem.
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