Proposta busca aliviar custos na energia elétricaAgência Brasil
Ministro pede uso de bônus de Itaipu para reduzir conta de luz
Documento pede 'avaliação criteriosa' no acionamento da bandeira tarifária nos próximos meses
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou na sexta-feira, 22, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um ofício orientando a distribuição nacional de R$ 1,3 bilhão em bônus da usina de Itaipu, com objetivo de reduzir a tarifa de energia e ajudar no controle da inflação. O documento também pede "avaliação criteriosa" no acionamento da bandeira tarifária nos próximos meses.
A diretoria da Aneel pautou para a reunião da próxima terça-feira, 26, o processo que trata dos valores de repasse da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) para as distribuidoras.
A tarifa bônus de Itaipu vem do saldo positivo na chamada Conta Comercialização da Energia Elétrica de Itaipu (Conta de Itaipu).
"Registra-se a importância da adequada distribuição desses valores entre os consumidores de energia elétrica, com reflexo positivo na economia do País", cita o documento assinado pelo ministro.
Em junho, a Aneel decidiu suspender a instrução do processo de definição dos valores. Naquele momento, era avaliada a possibilidade de usar os recursos em ações de mitigação no Rio Grande do Sul.
A regra determina que o repasse seja feito em forma de tarifa bônus, um desconto que deve beneficiar as unidades consumidoras de até 350 quilowatts (KWh) mensais.
O ofício enviado na sexta pelo ministro também menciona que há uma melhora no nível de armazenamento dos reservatórios, em especial nas regiões Sudeste e Centro Oeste. Com isso, Silveira reforçou que há "importância da definição de valores equilibrados" para as bandeiras tarifárias. Nesta semana, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, reconheceu que há uma tendência para a volta da bandeira tarifária verde em dezembro.
"Valores, ou mesmo acionamentos, inadequados possuem repercussão na inflação do País, considerando o aumento tarifário proporcionado pela sua aplicação. Em outubro de 2024 (bandeira vermelha), o subitem que mais influenciou a inflação foi a energia elétrica, dentro do grupo 'habitação', com contribuição de 0,20% na inflação total medida de 0,56%", argumenta o ministro de Minas e Energia.
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