Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaAgência Brasil

O instituto brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta terça-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro. O grupo Alimentação e Bebida e Transportes registraram alta de 1,55% e 0,89%, respectivamente, enquanto o grupo Habitação recuou 1,53%.
 O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um avanço de 1,06% em outubro para a alta de 1,55% em novembro. O grupo contribuiu com 0,33 ponto porcentual para a taxa de 0,39% do IPCA do último mês.

A alimentação no domicílio aumentou 1,81% em novembro. Os destaques foram os aumentos nos preços das carnes (8,02%), especialmente nos cortes alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Houve altas também no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%).

Por outro lado, ficaram mais baratos a manga (-16,26%), cebola (-6,26%) e leite longa vida (-1,72%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,88% em novembro. O lanche subiu 1,11%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,78%.
Transportes
Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma queda de 0,38% em outubro para uma alta de 0,89% em novembro. O grupo deu uma contribuição de 0,18 ponto porcentual para a taxa de 0,39% para o IPCA.
A passagem aérea subiu 22,65%, item de maior pressão na inflação do mês, uma contribuição de 0,13 ponto porcentual.

Já os combustíveis caíram -0,15%, puxados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). O gás veicular subiu 0,09%, e o óleo diesel aumentou 0,03%.

O ônibus urbano avançou 3,64%, após a concessão de gratuidades nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro, explicou o IBGE.

Em São Paulo, houve reduções de -0,43% no trem e no metrô em novembro, "decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do Enem".
Habitação
As famílias brasileiras gastaram 1,53% a menos com Habitação em novembro, uma contribuição de -0,24 ponto porcentual para a taxa de 0,39% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês. A queda de 1,53% do grupo Habitação em novembro mostrou uma mudança importante ante a alta de 1,49% observada em outubro, quando o conjunto de preços gerou contribuição de 0,23 ponto porcentual no IPCA.

A energia elétrica residencial passou de uma elevação de 4,74% em outubro para uma queda de 6,27% em novembro, item de maior alívio sobre o IPCA do mês, de -0,27 ponto porcentual.

O recuo foi devido à substituição da bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, diminuindo assim a cobrança extra nas contas de luz a R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, houve reajustes tarifários: alta de 4,97% em Goiânia a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo a partir de 23 de outubro.

O subitem taxa de água e esgoto subiu 0,04%, incorporando o reajuste médio de 32,77% em Rio Branco aplicado a partir 5 de janeiro e que não havia sido apropriado no índice.

O gás encanado diminuiu 0,15%, devido a uma redução tarifária de 0,51% no Rio de Janeiro a partir de 1º de novembro.