Alckmin ressaltou que o Brasil tem a tradição de não manter litígios comerciaisMarcelo Camargo/Agência Brasil
Alckmin elogiou o papel do País no comércio exterior. "O Brasil tem tradição de não ter litígio com ninguém. Defendemos o comércio exterior, o livre-comércio, e celebramos o acordo entre Mercosul e UE", afirmou, em participação remota no evento Rumos 2025, organizado pelo jornal Valor Econômico.
O presidente em exercício ainda salientou que o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ampliar as negociações comerciais. "O presidente está no Japão e uma das razões é o comércio exterior", pontuou.
Alckmin também fez menções à China como o maior parceiro comercial do Brasil, sobretudo pelas exportações de commodities. "Produtos primários são importantes", disse. Como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin destacou que a pasta está trabalhando para promover a desburocratização da indústria.
"Vamos aproveitar todas as oportunidades com EUA e China. A disposição do Brasil é fortalecer o comércio exterior. Lamentamos as atitudes dos EUA, porque têm superávit comercial com a gente. Mas não somos problema para os EUA", reforçou.
Ele também frisou que a ampliação da faixa de isenção do IR é um ato de justiça tributária e social. "Quem ganha menos, paga menos, e quem ganha mais, paga mais", disse.
O presidente em exercício ainda ressaltou que o efeito das medidas será neutro sobre a política fiscal e enalteceu a atuação do ministério da Fazenda. "O ministro Haddad fez um trabalho muito bem feito", destacou.
O presidente em exercício também voltou a falar sobre letras de crédito, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), lançada no ano passado voltada para a captação de recursos para a indústria. Segundo ele, esses títulos serviriam como instrumentos para amenizar o efeito da taxa Selic elevada.
Alckmin frisou que não adianta elevar os juros para combater a inflação de choques de alimentos e petróleo. "Acho que o Banco Central vai analisar a questão da alta da Selic diante de choques inflacionários", disse Alckmin, que aposta na safra recorde de grãos e na apreciação do real ante o dólar para reduzir a inflação.
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