Marcelo Queiroz (PP), segundo entrevistado da 6ª edição do 'Movimento Rio em Frente'Eduardo Uzal / Divulgação / Agência O Dia
Ele sucedeu o candidato do Partido da Causa Operária (PCO), Henrique Simonard, na série de entrevistas com os candidatos a prefeito da capital carioca promovida pela Fecomércio-RJ, em parceria com os jornais O DIA e MEIA HORA, SBT e Veja Rio, que será realizada até esta sexta-feira no auditório da entidade, no Flamengo, Zona Sul do Rio.
Confira abaixo os principais trechos da conversa, que foi transmitida ao vivo pelas plataformas digitais do DIA, como YouTube e Facebook, e também pelo SBT News.
Você apresentou em sua proposta "11 pontos" para o que chamou de "progresso no Rio". Na educação, o seu plano é dar prioridade ao projeto "educação cidadã" que pretende, entre outros prontos, melhorar a infraestrutura escolar e assegurar a inclusão e segurança. Quais são suas propostas para colocar o plano em prática?
Marcelo Queiroz - Hoje temos um problema gigantesco. Foi comemorado pelo atual prefeito (Eduardo Paes) o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que leva em consideração notas de português e matemática, mais baixas do que há dez anos. Aumentou a taxa de aprovação, que hoje beira a 98%, o que significa que tem aprovação automática no Rio de Janeiro. Temos que investir nos professores, que recebem um vale refeição de R$ 12. Não são feitos concursos para professores efetivados. E há 13 mil pessoas esperando vaga em creches no Rio. Temos que adaptar as nossas escolas, falta acessibilidade, é preciso ter um modelo justo. É preciso oferecer uma Educação em que todos tenham oportunidade.
Um dos principais problemas do Rio de Janeiro é a violência urbana. O que é preciso para, mais do que a sensação de segurança, termos a certeza dela?
Marcelo Queiroz - Minha candidatura é de união. As ideias envelheceram. Precisamos de um prefeito que converse, que tenha interlocução com estado e governo federal. O que a gente precisa é que se instale câmeras de alta definição nas praças, ruas residenciais e calçadas. E da gerência das câmeras privadas, a prefeitura tem que fazer o papel de interlocução (com os condomínios). E tem que valorizar a Guarda Municipal. Até hoje não foi feito concurso interno para promover os agentes. Tem que botar guarda na rua, para atuar junto com o Segurança Presente. Quero ser um prefeito parceiro, que tem reuniões semanais com o secretário de Segurança do estado, com o ministro da Justiça. O que as pessoas querem não é um blogueiro, mas uma pessoa que resolva de fato os problemas do Rio de Janeiro.
Outro plano apresentado por você para a prefeitura do Rio é modernizar a estrutura de atendimento médico-hospitalar da cidade. Se for eleito, o candidato pensa em construir novas unidades de atendimento médico?
Marcelo Queiroz - A Saúde do Rio de Janeiro passa por uma crise. Segundo dados do relatório do Sistema de Regulação (SisReg), há 335 mil pessoas na fila esperando por atendimento; são 75 dias de espera até o dia do exame, isso para uma pessoa com câncer é complicado. É preciso construir um centro de especialidade por região da cidade, uma promessa não cumprida do atual prefeito. A telemedicina também agilizaria muito. E tem que avançar para a alta complexidade. Antigamente, as pessoas saiam da Baixada Fluminense e vinham para o Rio. Agora, é o contrário. Há muitos leitos bloqueados, poucos centros de alta complexidade. Seria importante termos centros com várias especialidades, exames de imagem. Defendo ainda o prontuário eletrônico, para o médico ter o histórico da pessoa no sistema, o que reduziria os custos e agilizaria os atendimentos.
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