Rio - No último dia de propaganda eleitoral gratuita na televisão, o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) defendeu, nesta quinta-feira (3), a reeleição em primeiro turno, enquanto Alexandre Ramagem (PL), em segundo lugar nas pesquisas, pediu uma chance para chegar ao segundo turno.
Detentor do maior tempo de televisão, com 3 minutos e 28 segundos, Ramagem foi o primeiro a veicular sua propaganda no início da tarde desta quinta-feira (3). O candidato do PL argumentou que "um Rio diferente, não se faz com os mesmos políticos". O ex-Abin afirmou que rodou a cidade durante a campanha, escutando as demandas da população. O candidato manteve, em seu último programa, o foco na pauta da segurança pública e citou familiares de vítimas da violência na capital.
O delegado federal encerrou o programa pedindo o voto do eleitor para chegar ao segundo turno. Ramagem se colocou como um candidato em defesa da vida, da família, da propriedade e da liberdade do cidadão de bem. O ex-presidente Jair Bolsonaro apareceu rapidamente em cenas de campanha.
Eduardo Paes, por sua vez, defendeu que a eleição seja resolvida no domingo (6) para "não atrasar os trabalhos" por conta de campanha eleitoral. A propaganda destacou o Rio de Janeiro como uma cidade que "tem tudo para dar certo". As entregas do atual mandato foram exibidas e houve promessas de avanços, em caso de reeleição. Foram citados mais médicos e psicólogos, mais escolas com ensino em tempo integral, mais emprego e renda e linhas de ônibus comuns no padrão do BRT.
Paes prometeu governar para todos e argumentou sobre o "risco de eleger alguém sem experiência". O tempo de propaganda na televisão do candidato do PSD se aproxima ao de Ramagem e é de 3 minutos e 26 segundos.
O candidato Rodrigo Amorim (União) focou seu último programa na crítica à atuação da Guarda Municipal no controle do trabalho dos comerciantes ambulantes, criticando a repressão aos camelôs. A campanha exibiu um vídeo em que o deputado estadual confronta presencialmente o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, em uma sessão na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Marcelo Queiroz (PP) criticou medidas da atual gestão e trouxe a candidata a vice na chapa, Teresa Bergher, para participar de seu último programa. O candidato não deixou de citar o trabalho em defesa dos animais, marca de sua campanha. "Tentam diminuir meu trabalho falando que eu falo muito de animal mas na verdade eu criei o maior programa de castração gratuita do mundo", disse.
Por fim, Tarcísio Motta (PSOL), assim como em seu primeiro programa, apostou na pauta da educação. "Sou professor há 30 anos e sempre ouvi soluções mágicas. Tudo mentira. Escola precisa de investimento. O Rio vai ser a capital da educação", prometeu. O candidato do PSOL teve o menor tempo de televisão, com 27 segundos.
O horário eleitoral em rádio e televisão começou no dia 30 de agosto e dura 35 dias. O período é encerrado três dias antes do 1º turno. De segunda a domingo, as emissoras de rádio e de televisão reservaram 70 minutos diários para o horário eleitoral gratuito, que teve inserções de 30 e 60 segundos.
Para o cargo de prefeito, as emissoras veiculam a propaganda das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10, na rádio, e das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40, na televisão.
Confira como foi o dia dos candidados
Para esta quinta-feira (3), constam na agenda de Paes e Tarcísio apenas a participação no debate da TV Globo, que acontece às 22h. Ramagem que também participa do debate, promoveu um 'buzinaço' na Avenida Brasil, nesta manhã, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Em Guadalupe e Bento Ribeiro, na Zona Norte da cidade, ambos cumprimentaram apoiadores e eleitores na Avenida Brasil e, do alto da passarela 35, em frente à Academia de Bombeiros Militares Dom Pedro II, onde havia uma faixa com os dizeres "Se você é Bolsonaro, buzine". O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL) também estiveram presentes.
"Nós temos esses próximos dias com o presidente, que vota aqui no Rio de Janeiro. Decidimos pela Avenida Brasil por ser uma via emblemática da cidade, por onde passa o escoamento de produtos que garantem o abastecimento do Rio. E apesar de sua importância para a economia regional e nacional, sofre com abandono da administração municipal, abrindo caminho para violência, que afastou a indústria e o comércio da região", disse Ramagem.
Segundo o candidato do PL, Bolsonaro pretende ter uma agenda aberta nessa reta final de campanha no Rio. "Ele quer andar pela cidade, conversar com as pessoas. Esse foi o ritmo que imprimimos à nossa campanha. Andamos por todas as regiões da cidade. Sem dúvida, fui o candidato que mais esteve nas ruas nessa eleição", pontuou.
Ramagem também falou sobre as pesquisas de intenção de voto. "Estamos mantendo um crescimento forte nas pesquisas. O carioca está cada vez mais antenado à eleição, atento às nossas propostas e aderindo ao que pretendemos fazer pelo Rio de Janeiro. Por outro lado, o atual prefeito está caindo nas pesquisas. Vamos para o segundo turno e ganhar essa eleição", afirmou.
Carol Sponza (Novo) fez uma caminhada na Praça Cruz Vermelha, na região central da cidade. Acompanhada pelo candidato a vereador do partido Novo, Victor Reis, e apoiadores, Carol falou sobre o aumento da população em situação de rua no Centro da cidade.
"As pessoas em situação de rua preferem estar aqui do que nos abrigos. Isso acontece porque a prefeitura demoniza a parceria com instituições privadas sérias. Precisamos investir pesado nessa região e mudar a realidade. Hoje, os abrigos da Prefeitura enfrentam problemas como infestação de carrapatos e estão em péssimas condições. Nós vamos acolher a população em situação de rua e oferecer todo o suporte, com cursos de capacitação, para que essas pessoas possam voltar ao mercado de trabalho", afirmou Carol Sponza. No início da noite, a candidata participa de uma reunião com a Sociedade Amigo de Copacabana, na Zona Sul.
Juliete Pantoja (UP) fez panfletagem no Jacarezinho. Às 17h, participou de um ato por democracia nos debates no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
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