Presidente do TRE, desembargador Henrique Figueira, participou de coletiva no Palácio da DemocraciaCatherine Teles / Agência O Dia

Rio - Apesar da preocupação com a segurança, a votação no estado do Rio começou tranquila neste domingo (6). Com o policiamento reforçado nas sessões eleitorais e a Presença das Forças Armadas, o Tribunal Regional Estadual do Rio de Janeiro (TRE-RJ) não registrou nenhuma ocorrência que atrapalhe o curso do pleito nas primeiras horas de votação.
Em entrevista coletiva na sede do TRE, no Palácio da Democracia, Região Central da cidade, o presidente da instituição, o desembargador Henrique Figueira, reforçou que a grande preocupação é garantir a segurança e a liberdade de voto do eleitor. Além do policiamento ostensivo, foi realizado, também, a alteração de 53 zonas eleitorais em todo o estado.
"Foi exatamente para que o eleitor tenha a mais ampla liberdade de exercer o voto nos termos da Construção, o voto livre e consciente. Quanto aos locais antigos, se situavam dentro de comunidades dominadas por facções criminosas e nós tiramos de dentro e colocamos nas avenidas principais, com acesso melhor, onde o controle pela polícia e pelo exército é muito mais fácil e muito menos passivo de confronto do que dentro de uma comunidade", explicou.
Dos 92 municípios fluminenses, as Forças Armadas estão auxiliando na segurança de 60 bairros espalhados por 32 cidades. Em entrevista ao DIA, o General de Brigada Lúcio Alves de Souza revelou como está sendo a operação.
"As nossas tropas, cerca de 4.200 homens, estão concentradas basicamente na Vila Militar, em Deodoro. A gente tem tropas pré-posicionadas em Campos, Macaé e Rezende. Na cidade do Rio, além da Vila Militar, temos tropas pré-posicionadas na Avenida Brasil. Elas vão ficar aquarteladas, mas durante o dia haverá deslocamentos nas principais vias do Rio, como a Avenida Brasil, BR 101, 040, Arco Metropolitano, Avenida das Américas e TransOlímpica", contou.
Além do apoio das Forças Armadas, os municípios contam com reforço de agentes da Polícia Militar em todas as sessões e eleitorais. De acordo com o desembargador Henrique Figueira, as tropas do exército estão distribuídas em locais estratégicos para cuidar dos sistemas diários, enquanto a PM fica responsável pela segurança no entorno dos locais de votação.
"Foi uma divisão de trabalho que nós fizemos. Há uma preocupação maior em determinadas áreas. Neste momento está tudo absolutamente tranquilo e tenho certeza que continuará a ser durante todo esse dia festivo das eleições", celebrou.
As eleições municipais iniciaram às 8h deste domingo e vão acontecer até às 17h em todo o estado do Rio.
Boca de urna no Rio e Baixada Fluminense
Apesar do início de votação tranquilo em relação à segurança, em alguns locais da Baixada Fluminense e do município do Rio, pessoas foram flagradas fazendo boca de urna, distribuindo panfletos de candidatos e santinhos próximos às zonas eleitorais.
Ruas no entorno dos locais de votação na Penha, Zona Norte, Freguesia, Zona Oeste e no Catete, Zona Sul, foram poluídas por papéis que foram espalhados pelo chão e pela calçada. O mesmo cenário se viu em diversas regiões de Nova Iguaçu.
"É crime fazer propaganda eleitoral no dia da votação. O eleitor pode se dirigir a urna pacificamente, silenciosamente, vestindo uma camisa, portando uma bandeira, com um boton... não importa. A propaganda eleitoral, como a distribuição de santinhos, é crime eleitoral. Todos os juízes eleitorais, a Polícia Militar e Polícia Civil, estão cientes e vigilantes no sentido de coibir qualquer ação criminosa", reforçou o desembargador Henrique Figueira.
Fazer boca de urna é crime eleitoral e a pena para este pode ser de 6 meses a 1 ano de detenção, com a possibilidade de aplicação de pena alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, além de multa.