Se o Flamengo conta com os milagres de Jorge Jesus para erguer aos céus a taça da Libertadores após 38 anos, o River Plate aposta nos poderes de Deus para faturar seu quinto título continental. Pelo menos na visão do argentino Sergio Carbonatti, torcedor do adversário do time rubro-negro na decisão de 23 de novembro e que mora no Rio de Janeiro há seis anos. Para o hermano, o técnico Marcello Gallardo é um ser divino após dar duas Libertadores ao time de Nuñes e capaz de repetir a dose em 2019.
"O Flamengo está muito bem, mas o Marcello Gallardo é incrível. Para mim, ele é o maior torcedor, jogador e treinador da história do River Plate. É um verdadeiro Deus", frisa Sergio, que garante respeitar o Flamengo, mas aposta na vitória do River Plate em Santiago. "Penso que o placar será de 2 a 1 para nós, com gols de Pratto e Quintero. Pelo lado do Flamengo, Gabigol deixará o dele", prevê Sergio, que, com a ajuda de uma amiga artesã, criou uma réplica da taça da Libertadores e a exibe nas praias de Ipanema e Copacabana, assim como na Pedra do Arpoador, onde cobra cinco reais para os turistas e moradores locais tirarem fotografias.
O intuito, porém, é levar alegria aos fãs de futebol, muito mais do que conseguir uma contribuição para o seu sustento no Brasil — Sergio também trabalha com eventos e decorações em festas noturnas e mora na Cidade Maravilhosa com seu irmão, Claudio Carbonatti, de 37 anos, com quem deixou a cidade de San Lorenzo em 2013 rumo ao Rio de Janeiro. Ciente da rivalidade entre brasileiros e argentinos no futebol, Sergio acrescenta que espera ver uma final tranquila, sem violência, na capital chilena. "Que ganhe o melhor time", frisa, enfatizando, porém, sua confiança no trabalho de Marcelo Gallardo, de quem Sergio é fã incondicional.
Tal rivalidade, Sergio sentiu ontem, um dia após a goleada (5 a 0) do Flamengo sobre o Grêmio, no Maracanã, que levou o time de Jorge Jesus à decisão. Com muito bom humor, Sergio foi 'vítima' do assédio de alguns rubro-negros, que posaram para fotos com ele e seu irmão segurando a taça da Libertadores e antecipando o clima de decisão pouco menos de um mês antes do jogão em Santiago.
