Guarín está à disposição de Abel - Rafael Ribeiro/Vasco
Guarín está à disposição de AbelRafael Ribeiro/Vasco
Por Hugo Perruso e Marcelo Bertoldo

No primeiro jogo entre Fluminense e Vasco no Maracanã desde a confusão na final da Taça Guanabara, o clássico que nos últimos anos tem extrapolado a rivalidade dentro de campo terá um ingrediente especial. Na zona de rebaixamento, os tricolores precisam desesperadamente de uma vitória neste sábado, às 19h, para respirar no Campeonato Brasileiro, enquanto os vascaínos, mais tranquilos, podem revidar o que aconteceu em 2015 e dificultar mais a vida do rival.

Há quatro anos, os dois se encontraram em situação parecida na 33ª rodada, só que o Vasco corria risco de queda e buscava recuperação no Brasileiro. Comandado por Jorginho, o Cruzmaltino vinha de invencibilidade de nove partidas e, se vencesse o clássico, sairia da lanterna.

Entretanto, o Fluminense venceu por 1 a 0, gol de Gerson, e subiu para 12º lugar, com 43 pontos, praticamente se garantindo na Série A. De quebra, o Tricolor acabou com jejum de 10 partidas no clássico e o Vasco acabou rebaixado por dois pontos no fim do campeonato.

Desta vez, é o Fluminense quem está pressionado. Sem vencer há quatro jogos, entrou na zona de rebaixamento e, depois do clássico, terá dois confrontos duros fora de casa (São Paulo e Internacional). Ou seja, precisa muito dos três pontos neste sábado.

Já o Vasco, em 11º lugar, pode chegar aos 41 pontos e praticamente se garantir na Série A. Sem perder para o Fluminense há nove jogos (desde o Carioca de 2017), o Cruzmaltino tem a chance de colocar o rival em crise justamente no Maracanã.

BRIGA SEM FIM

O estádio tem sido o principal fator de combustão na rivalidade do clássico. Com a briga pelo setor sul na arquibancada, os clubes protagonizaram um dos momentos mais vergonhosos do futebol carioca no ano, na final da Taça Guanabara.

Mandante do jogo, o Vasco não abriu mão de escolher o lado direito do Maracanã para a sua torcida, onde historicamente ficou até 2013. Já o Fluminense, queria que o contrato com o estádio fosse cumprido, garantido o local para os tricolores.

A briga não foi resolvida e a Justiça determinou portões fechados na final. Se os tricolores não foram ao estádio, o Vasco convocou seus torcedores e a aglomeração virou confusão e briga generalizada com a PM. Só então os portões foram abertos, aos 27 minutos do primeiro tempo, por ordem judicial.

O Fluminense, agora gestor do Maracanã, é o mandante e a torcida vascaína só terá direito a 5% dos ingressos (1.500), assim como aconteceu no turno com os tricolores em São Januário. Sem um clima bélico nos bastidores antes do clássico, a expectativa é de um ambiente mais tranquilo. Ainda assim, a PM mostra preocupação com vascaínos que resolvam comprar para outros setores do estádio. 

 

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