Torcedores do Carabobo fizeram xingamentos racistas na chegada dos jogadores do Atlético-MG no estádioReprodução de vídeo / GaloTV

A Conmebol promete intolerância em relação aos casos de racismo na Libertadores e Sul-Americana. Após multar o Carabobo, da Venezuela, em R$ 500 mil, por atos racistas dos torcedores contra o Atlético-MG, a entidade promete mais rigor e não descarta punições esportivas aos clubes - como a perda de pontos. 
"A Conmebol é intolerante em casos de racismo. É uma decisão do conselho, que é formada pelo presidente e pelos presidentes das dez associações nacionais. O conselho tomou a decisão de ser muito mais duro nos casos de racismo. Não existe mais espaço para racismo no futebol", disse o diretor de competições Fred Nantes, em entrevista ao "ge". 
"Nós esperamos ver esse resultado (diminuição de casos). Existem várias coisas que podem ser feitas em casos de racismo, como multa, fechamento parcial ou total do estádio. Mas não está descartada punições desportivas", completou o diretor de competições. 
Nos últimos anos, os casos de racismo, principalmente com times brasileiros, tem aumentado durante as competições da Conmebol. Na Libertadores do ano passado, por exemplo, Corinthians, Palmeiras e Flamengo foram alvos de preconceito por parte de chilenos e argentinos. 
Na fase prévia da competição neste ano, o Atlético-MG foi a nova vítima entre os brasileiros. Os jogadores do Galo foram recebidos com xingamentos e ataques racistas no estádio Misael Delgado, na Venezuela, antes da partida contra o Carabobo. O clube venezuelano foi multado em R$ 500 mil pela Conmebol.