O clássico entre Flamengo e Fluminense, neste sábado (1), pela final do Campeonato Carioca, terá uma programação especial voltada ao mês de conscientização do autismo. O Maracanã será iluminado em alusão ao Abril Azul e crianças autistas irão entrar em campo com jogadores das duas equipes.
A iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, e em ação conjunta com a Suderj também ganhou apoio da Ferj. A federação de futebol do Rio estampou o laço de quebra-cabeças, símbolo do autismo, na bola da partida.
"Conscientizar a população sobre a importância de sermos mais inclusivos é um caminho necessário para que tenhamos uma sociedade melhor e que ofereça a todos, sem distinção, ambientes públicos mais convidativos. O Abril Azul se torna mais conhecido a cada ano e o esforço do esporte, com toda a sua capilaridade, é exatamente esse, trazer mais informação e construir na sociedade uma rede de apoio para todas as famílias e pessoas com autismo", disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.
As ações também contarão com a participação dos torcedores nas arquibancadas, que receberão balões azuis para apoiar e promover a conscientização da causa. Já o grupo de crianças autistas, que vai entrar em campo junto de jogadores de Flamengo e Fluminense, também irá conhecer o acervo do Museu do Maracanã, a calçada da fama, os vestuários, e até chutar ao gol no gramado do Maracanã.
O flamenguista Theo, de 11 anos, e o tricolor Fred, de 6, são dois meninos do espectro autista apaixonados por seus times do coração, que vão participar das ações pelo Abril Azul no Maracanã. Eles fazem parte das torcidas organizadas Autistas Rubro-negros e Autistas Flu.
A doceira Luciane Vieira, mãe do Theo, e também rubro-negra, diz que a iniciativa é muito importante para mostrar que a inclusão é possível e deve ser uma bandeira defendida por toda a sociedade.
"Nós somos uma torcida organizada para trazer mais representatividade à causa. É muito importante que as pessoas tragam suas famílias para os estádios de futebol, que tenham esse amor. Se não trouxermos nossos filhos para essa realidade e para o convívio com outras pessoas, como eu posso criar empatia no mundo para essa caminhada autista que a gente tem pela frente?", declarou Luciane.
Já a tricolor Monike Lourinho, da Autistas Flu, comemora a oportunidade de chamar mais atenção para a causa. "É importante a gente mostrar pra sociedade a inclusão das nossas crianças", celebrou a mãe do Fred.
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