Willian Bigode, Mayke e Gustavo Scarpa juntos no PalmeirasDivulgação/Palmeiras

São Paulo - O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, aceitou o pedido do lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e ordenou a penhora de 30% do salário do atacante Willian Bigode, que pertence ao Fluminense e foi cedido ao Athletico-PR em contrato de empréstimo. A decisão diz respeito ao caso das criptomoedas, que gerou imbróglio também com o meia Gustavo Scarpa, atualmente no Olympiacos, da Grécia.

Em julho, Mayke foi à Justiça e solicitou o bloqueio de 30% dos vencimentos de Willian para amenizar o prejuízo de R$ 4.583.789,31 quando investiu com a operadora de criptomoedas Xland, sob recomendação da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, empresa de consultoria financeira que tem Bigode como sócio.

O juiz ressaltou que o valor penhorado "não prejudicará o sustento digno" de Willian, mas a quantia a ser bloqueada ainda não foi definida, uma vez que a Justiça não tem conhecimento de quanto o atacante recebe em seu contrato com o Athletico-PR. As informações são do "Estadão".

"De toda forma, considerando os padrões salariais habitualmente praticados nos clubes brasileiros que participam das competições nacionais de elite - entre os quais o Fluminense e o Athletico-PR -, é certo que seu sustento digno não será prejudicado pelo deferimento do arresto no patamar de 30% da remuneração líquida", escreveu o juiz.

Mayke também deseja receber mais R$ 3.250.443,30, que seria a renda prometida do período da aplicação.
Scarpa tem pedido negado.
Em agosto, a Justiça rejeitou dois pedidos de Gustavo Scarpa para que Willian tivesse 30% do salário no Athletico-PR bloqueado. As decisões ficaram por conta do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível de São Paulo.